RETRATOS DA NOSSA ALDEIA - PERSONAGENS INESQUECÍVEIS





Cientes que o simbolismo das imagens e retratos  é um poderoso motivo que leva os nossos leitores a visitar as páginas deste Blogue, iniciamos um conjunto de assuntos que irão dar corpo à edição do blogue BUJÕES-MEMÓRIAS E PERSONAGENS 2, uma vez que tecnicamente não é possível inserir mais páginas na edição 1.
Na primeira página  com a qual damos inicio a esta nova edição intitulada  RETRATOS DA NOSSA ALDEIA-GENTE INESQUECÍVEL  serão publicadas  algumas  das mais belas e antigas imagens de Bujões, ao lado de outras mais recentes, corporizando desse modo não só o simbolismo do passado, mas também o objetivo de não deixar esquecida a memória daqueles que de uma forma ou de outra deixaram uma marca indelével na vida bujoense. 
Infelizmente as máquinas fotográficas não estavam ao alcance de muitas pessoas da aldeia, com exceção de alguns membros da família Ribeiro de Araújo e da família Cardeal, estes quando aqui se deslocavam vindos do Brasil para usufruírem de férias na sua aldeia natal. E quantas fotos se perderam no tempo, mesmo assim.

Este blogue está sempre disponível para publicar todas as fotos que andem por aí perdidas ou esquecidas sendo certo que para nós todas elas serão importantes  na medida em que nunca é demais realçar que por detrás de um retrato há sempre uma história, há vida, há amor, há sentimentos que urge deixar gravados para as gerações vindouras que irão seguir os caminhos que ajudamos a construir. 
  







Fotografia histórica de Bujões: Maio de 1931. Era assim o Largo do Seixo. Não existia o muro da Socarreira. Todo o povo rodeando o carro do Sr. Araújo. A Casa Grande ainda em obras e, ao cimo da rua, a casa de Manuel Botelho, depois da tia Francelina e do tio Manuel Soqueiro, que já foi demolida. Do lado direito da foto ainda se observam ramos daquilo que se presume ser a árvore que precedeu o castanheiro que existia defronte da Capela de Nossa Senhora da Conceição, também já desaparecida.
Foto: cedida pela Sra. Dra. Maria Isabel Figueiredo, cujo sogro é um bujoense ilustre, infelizmente já falecido, mas de quem iremos falar em breve. Quando encontrava amigos sempre os cumprimentava efusivamente com a expressão " Oh gente de Bijões" !





Aqui, em Bujões, há muitas dezenas de anos atrás, um dos primeiros cartões de visita registado por uma máquina fotográfica, nas mãos de alguém que, desde o Senhor do Calvário, apontou em direção dos três visitantes  "brasileiros" engravatados e de chapéu, dois deles encostados à árvore e um deles empoleirado, captando o coração da aldeia, com os seus centros mais históricos: As Lajes,  a casa que tocou em herança ao Sr. José Dionísio Ribeiro de Araújo, filho do Padre Domingos Ribeiro de Araújo, e pai do Sr. Artur Ribeiro de Araújo,  a casa onde funcionou a  Escola, o Seixo, com a grande árvore onde antes era a Capela de Nossa Senhora da Conceição, a Capela de Santo Amaro,  a varanda da casa do Sr. Manuel Botelho, a casa que o Sr. Bento Alves Moreira viria a transformar, a casa do Sr. Amadeu (família Brites Figueiredo).
Captadas, ainda, as casas em pedra logo a seguir à eira da Escola, onde viveu o sr. David Comba (pai), e antes dele, na casa ao lado, ali terá vivido o Padre Domingos Ribeiro de Araújo. Repare-se bem na negritude do Quinteiro e do Bairro, com destaque para a casa que pertencia ao Padre Ismael e onde viveu sua irmã D. Maria da Conceição. QUE DIFERENÇA!
Foto: cedida por Vítor Hugo Vilela Figueiredo, neto de José Brites Figueiredo e Rosa Jesus dos Santos, também publicada no blogue " Bujões e a sua gente". Obrigado Vitor Hugo!





   Início de Primavera e efeitos da renovação e progresso da aldeia

João Paula


JOÃO, filho de António Paula, ou António Baptista Paula e Luísa Cardeal ou Luísa Alves Cardeal, neto paterno de João Baptista Paula e Lucrécia Moreira, e materno de António Alves Cardeal e Dona Ana Bernardina. Nasceu em Bujões em 6 de Junho de 1895. Casou com Alberta da Conceição Ventura, natural de Covelinhas, em 27 de Maio de 1953 e faleceu em 5 de Setembro de 1966.
Cegou com 9 meses de idade, devido à varíola (bexigas), vindo a tornar-se um personagem conhecido não só em Bujões como de todas as aldeias vizinhas, ainda hoje recordado por muitos devido ao seu talento musical. A seu tempo, elaborarei uma página sobre meu pai, cuja memória aqui deixo recordada num despretensioso poema:






          
                                                       Alberta Ventura


Alberta Ventura ou Alberta da Conceição Ventura, nascida a 12 de Julho de 1914, na linda aldeia de Covelinhas, filha de Francisco Peixe de Carvalho e Leonor da Conceição Ventura. Ali repousa desde 8 de Outubro de 1984 por sua expressa vontade, ao lado dos pais e restante família. Desde Junho de 1947 que veio viver para Bujões, seduzida pela paixão com João Paula, que ficou conhecido como o João Cego, desde que perdeu a visão aos nove meses de idade. Verdade se diga que a visão de meu pai fica aqui bem demonstrada quando conquistou o coração de Alberta, sendo talvez esse o maior feito da sua vida porque não poderia encontrar melhor esposa e melhor mãe para os filhos, alguns nascidos antes mesmo de João e Alberta casarem em Bujões, e que lhes vieram aumentar as dificuldades, mas certamente preencher a vida.
Ali, numa casinha, aliás num cubículo, cedido por mão amiga, mesmo juntinho à antiga Capela de Santo Amaro, teve o primeiro batismo com as dificuldades que a iriam tornar uma personagem bem conhecida nesta aldeia que não era a dela, mas sim daquele que, declarando a sua paixão, a fora buscar lá ao fundo da encosta de Galafura, junto ao rio Douro, a casa do amigo Sr. Agostinho de Lacerda Freire Pinho da Silveira, já no principio do outono da sua vida, tinha ele, então, 52 anos e ela 33. Trabalhadora incansável, a tudo deitou mão para sustentar uma casa em que faltava o ganho do homem, e em que, logo ao iniciar, já havia um filho de 3 meses e uma outra filha, deixada com a avó, com 8 anos. Vendeu de tudo, peixe, pão, roupas, fruta, cozinhava em casamentos e batizados, calcorreando quintas, povoações em redor, de dia e de noite, num esforço admirável. E ao mesmo tempo foram nascendo mais filhos, 5 no total, dos quais um pereceu. Vida de romance, minha Mãe foi uma heroína que marcou para sempre as nossas vidas.
Dificilmente a reconheceriam na foto retratada no Porto, onde serviu, tendo ainda servido na Régua e em Covelinhas. Sem ter ido à escola, criou o seu próprio alfabeto de imagens e números com que identificava o rol de credores que eram muitos, mas de qualidade - ninguém ficava a dever nada, tudo gente séria.
E não consta que alguma vez se tivesse enganado. Uma roda "O" representava cem escudos, um "X " dez escudos, um "I " um escudo, e todos eles com um traço ao meio valiam metade! Quanto aos nomes tudo funcionava através de desenhos, alguns deles bem curiosos.
E agora, perdoem-me, porque ao formalismo com que estava escrevendo faltava transmitir o que me vai na alma e que não posso nem devo ocultar. Alguém que escreva sobre uma mãe ou um pai, e se eles foram como aqueles que Deus fez o favor de me destinar, como a meus irmãos, então não há palavras, não há factos, não há prosa que se aproxime sequer dos sentimentos que estão guardados dentro da nossa memória e no fundo da nossa alma. Assim, recorro à poesia, ao lirismo de uns versos que são um retrato fiel dessa MÃE que nunca será esquecida, pela simples razão de que congregou nela tudo aquilo que uma MÃE deve ter: Amor, paixão, inteligência, disciplina, trabalho, lágrimas, sofrimento, vaidade, carinho, luta e saudade. Quem dera que todas as MÃES fossem como ALBERTA que me trouxe a este mundo!




        






  

          Natividade e Maria Paula 


Natividade Paula, à esquerda, e sua irmã Maria Augusta Paula, à direita, com o Domingos e o António, ao colo, filhos do casamento de Maria com Manuel Amaral, de Poiares. Natividade nasceu em 2 de Abril de 1883 e faleceu em 1953.
Maria Augusta Paula, nasceu em 17 de Fevereiro de 1898, casou com Manuel Amaral  (tio Manel Rantantã) em 7 de Julho de 1923 e faleceu em Lisboa no dia 23 de Fevereiro de 1973.
As côdeas da minha tia Maria, mesmo embrulhadas no lenço com que se assoava, sabiam a mel e todas foram por mim aproveitadas. Foi a pessoa mais querida que conheci, quando menino. Sempre preocupadas com o irmão João, por ser cego, e com os filhos dele, como era o meu caso, estas tias, sobretudo a tia Maria Paula, eram maravilhosas!
Da minha tia Natividade, tão pequeno era eu, quando ela partiu, apenas lembro o seu sofrimento, mas sei que ela era um pilar na ajuda aos irmãos e sobrinhos, porque a dureza da vida e uma viagem frustrada ao Brasil com os pais não a libertaram desse destino.


José Paula e Ermelinda

              

José Paula, irmão de meu pai e das duas irmãs acima referidas, em 1980, em Santos, ao lado de sua Esposa, a tia Ermelinda, natural de Ordonho. O meu querido tio José e seu irmão Manuel, que depois de emigrarem para Santos, no Brasil, nunca mais voltaram a Bujões, sempre ajudaram os irmãos que ficaram na aldeia, sendo um exemplo inesquecível de solidariedade e de fraternidade difícil de encontrar igual. Irmãos como estes, não há mais.
Manuel nasceu em Bujões, em 9 de Agosto de 1886, e faleceu por volta de 1970. José, nasceu em Bujões, em 26 de Março de 1900, e faleceu em 3 de Janeiro de 1991, sendo filhos de António Baptista Paula e de Luiza Alves Cardeal. Mesmo na simplicidade das suas humildes vidas eles não deixaram nunca de demonstrar esse espirito fraternal que lhes guardou um lugar na história das vidas dos restantes irmãos e sobrinhos.


 



Manuel dos Santos Araújo (tio Manel da Rosa)


Manuel dos Santos Araújo, conhecido por tio Manel da Rosa, ou Manel Grande. Nasceu em 1 de Setembro de 1900, filho de Alexandre de Araújo e Rosa dos Santos. Casou em 23 de Março de 1933 com Maria da Conceição Ribeiro Lopes, que também usava Maria da Conceição Comba. Faleceu em 6 de Fevereiro de 1975.
Sempre danado para a brincadeira e para fazer voar umas malgas nas discussões "amorosas" com a tia Conceição, viajou até França e quando pediu um chá, trouxeram-lhe um gato (chat)! Muitos pobres que passavam por Bujões a pedir esmola, tinham sempre abertas as portas da sua casa para comer e dormir, sinal evidente de que era dono de um coração caridoso, tão grande na altura, como nas ações. Quando bebia uma pinga a mais, dormia em qualquer lado, mas sempre demonstrando grande espirito de humor, nem que fosse a de se desculpar dizendo que estava a fingir para ver se lhe roubavam os sapatos. E a tia Conceição não lhe ficava atrás nesse espirito de jovialidade e bondade, como companheira ideal para este Araújo, da família dos grandes. E se houvesse discussão, que sempre havia, também partia a loiça se fosse preciso. Grande mulher! Que bons e saborosos figos secos ela tinha naquela arca e na casa da Cortinha...



Tia Conceição, o Zé e o ti Manel da Rosa

Quem diria que, um dia, havia eu de descobrir que aquele rapaz tão bom que era precisamente o meu melhor amigo em criança e companheiro permanente de brincadeira, antes de eu abandonar Bujões (e sendo até aquele que me dava uns figuinhos de vez em quando, ou assava umas batatitas que bem sabiam), afinal ficava de guarda a uma macieira para arremessar umas pedras a uma jovem bonita que por ali passava, a caminho de Covelinhas, e que tanto gostava daquela fruta tão saborosa. " Vai comer laranjas para a tua terra", dizia ele...
Pois, anos mais tarde, seria exatamente esse guarda das maçãs que se viria a apaixonar pela laranja mais bonita de Covelinhas, a tal que ele não deixava comer uma maçãzinha!... e até com tantas espalhadas pelo chão!... Francamente, Zé!
Nesta foto, o filho mais novo da tia Conceição, ou José Comba de Araújo, ao lado dos pais, no dia em que se ligou para sempre ao sangue dos Venturas de Covelinhas, que também os há em Bujões, embora o pai da noiva, a Clotilde, fosse Peixe de apelido, mas o que interessa é que ele tão bem guardou a macieira que até o meu tio João e a tia Maria disseram um para o outro : "se ele guardava tão bem aquilo que era do pai e da mãe, também irá cuidar ainda melhor da nossa filha! " E vejam bem que acertaram em cheio!
Mesmo que haja um pouco de romance em tudo o que rodeia a vida de qualquer ser humano, neste exemplo está o verdadeiro simbolismo da nossa aldeia. O meu pai, de Bujões, foi buscar a Covelinhas uma mulher para o fazer feliz; o meu tio João, de Covelinhas, foi buscar a Bujões uma mulher para o fazer feliz; o José seguiu o mesmo destino de meu pai e da sua sogra. E agora, digam lá se isto não é bonito, ou se são mais bonitas as maçãs ali para os lados da Costa da Várzea! Eu comi muitas e ninguém me atirou pedras, mas Deus não deixou, afinal, de influenciar os acontecimentos ao ponto de hoje se poder dizer, como aconteceu com a rainha Santa Isabel, que o Zé não atirou pedras, nem sequer se pareciam com tais objetos, pois minha prima desejosa que estava de comer umas maçãs, nem notou que, afinal, tais pedras se transformavam em rosas! Aliás, quem as atirava era filho do tio Manuel da Rosa!
E ei-la aqui, como nessa altura, toda satisfeita pelas rosas que lhe atiravam e de que ainda guardou uns pés para plantar à porta de sua casa em Bujões, onde floriram e vão continuar a florir, porque enquanto houver mulheres, sempre haverá flores!
             

Clotilde Araújo


Não eram pedras... eram rosas...
                                        



Maria Ferreira de Carvalho

Maria Ferreira de Carvalho, nascida em Bujões em 24/10/1927, filha de Américo Ferreira Carvalho, de Guiães, e de Noémia do Carmo Botelho, de Bujões. Sua mãe, Noémia do Carmo Botelho, é filha de Félix Alves Abelha e de Maria do Carmo, tendo como avós pelo lado paterno Geraldo Alves Abelha e Teresa de Jesus e pelo lado materno Manuel Botelho e Rita do Carmo e padrinhos de batismo António dos Santos Cardeal e Clotilde das Dores Botelho, sendo esta irmã da mãe de Noémia. A tia Maria vinha muitas vezes de Covelinhas a Bujões a casa da tia Clotilde e no cestinho à cabeça não devem ter faltado laranjas e um bom vinho tratado da Quinta dos Murças.
A tia Maria trabalhou em Poiares e num baile deixou-se pescar por João de Carvalho Peixe, por sinal meu tio. E este, galã e bom trabalhador, com aquela voz romântica que tinha, pediu-a em casamento e ela não resistiu e lá foi viver para a terra dos Ventura - ele é irmão de minha mãe Alberta Ventura- e prendou a mulher com 12 filhos dos quais 10 ainda estão vivos. Dava gosto ver este bonito casal a comer do mesmo prato como dois passarinhos apaixonados! Já estão ambos e todas as pessoas referidas lá no Alto a conversar sobre qual é a aldeia mais bonita, se Poiares, se Guiães, se Bujões, se Covelinhas. Até S. Pedro já teve que os mandar falar mais baixo! 
E todos deixaram imensa saudade!                 
                                 

António Alves dos Santos

ANTÓNIO ALVES DOS SANTOS, filho de Alexandre Alves dos Santos e de Ana de Jesus Conceição, nasceu em 1915. Casou aos 24 anos com Maria da Anunciação Messias, de 21 anos, filha de Abílio Messias e de Teresa Cardeal (Maria Teresa Cardeal).
A cerimónia que se realizou no dia 17 de Junho de 1939, teve como testemunhas Álvaro Pires e Esperança Messias. E vejam que casal mais bonito, que até São Pedro, em Abaças, quando eles entraram na Igreja, abanou a chave de contente, dizendo " Até que enfim vejo um casal de Bujões que são ambos bonitos"!      


Maria da Anunciação Messias e António Alves dos Santos


Deste matrimónio nasceram vários filhos e filhas. Com exceção da Teresa que se desprendeu cedo da vida, já lá vão muitos anos, todos os restantes continuam em Bujões, ou em diversos locais deste mundo, a honrar com o seu trabalho e dignidade de bujoenses de qualidade, briosos herdeiros da memória deste homem bom e de sua esposa, a tia Anunciação, tranquila e serena, como era a vida naquele cantinho do Quinteiro.
O nosso barbeiro, com a sua voz calma e pausada de que todos se lembram, lá avisava de vez em quando: "não te esqueças de dizer à tua mãe para te catar os piolhos".
Para os mais velhos sempre um copo de vinho pronto a servir, enquanto esperavam. E mesmo durante o tempo em que o corte decorria, ou a lâmina raspava os pelos da barba, ele sempre afável ia enchendo o copo servido ao cliente uma, duas, três ou mais vezes, e acompanhava também. E até havia alguns que estando à espera, cediam a vez a outros, que iam chegando depois, porque, assim, enquanto esperavam, sempre iam bebendo mais uns copitos, já saindo do local de cabelo bem aparado e de estômago bem avinhado. E, de vez em quando, até era servido um bom bocado de toucinho! O tio António da Ana, porque sua mãe era Ana, tem hoje netos e bisnetos espalhados por Portugal e por outros locais do Mundo, e todos eles recordam com saudade este familiar (pai, avô, ou bisavô), um grande homem que marcou a nossa aldeia.
Quando o bom do Ezequiel o trouxe às costas, das traseiras do Quinteiro, até ao Seixo, para que a ambulância o levasse sem perda de tempo para o Hospital de Vila Real, tal  gesto de enorme nobreza não foi todavia suficiente para evitar o registo da partida para sempre em direção à Barbearia Paraíso deste bom bujoense que de uma forma simples e diferenciada deixou uma imagem tão positiva que nunca se apagará.
E nesse dia triste de 14 de Novembro de 1981, Bujões perdeu o melhor barbeiro do Mundo, porque ele ouvia os desabafos de todos, e os guardava para si, gastava mais em vinho do que o preço do corte de cabelo ou da barba (a alguns até nem sequer cobrava) e ainda sob a sua pausada e tranquila forma de estar, dando os melhores conselhos sobre qualquer problema, tudo em pormenor e com pousada  enfase próprios do seu carácter e humanidade.
Até o mais rezingão saía calmo e tranquilo da sua barbearia, constituída por uma cadeira ou banco situados à porta da loja onde estava a pipa de vinho, e, antes de entrar na taberna, logo ali à saída do Quinteiro, primeiro dava uma volta pelo Seixo, para que todos vissem a perfeição de um corte de cabelo sem "escadas", e só depois entrava no famoso " Drink Bar Brites" para aí completar o tratamento e dar corpo e jus à célebre frase de Salazar " beber vinho, é dar de comer a um milhão de portugueses".
Cada bujoense que chega ao outro Mundo, lá tem à espera o tio António da Ana, no grande largo da entrada, agora com pentes, máquinas e lâminas novas e afiadas para que todos entrem no Céu mais bonitos e com um corte de cabelo bem á moda celestial, com requinte e prosa, sempre com cabeça lavada e barba perfumada. Um espanto!
E o diabo, ali ao lado, à porta do inferno, até se rói de inveja ao ver os bujoenses entrar na porta certa, todos aperaltados, de barba e cabelo como um primor, sob aquele sorriso inesquecível do nosso grande barbeiro, só não servindo uns copos de tinto, porque ali o vinho é outro!







Fui ver. A neve caía do azul cinzento do céu, branca e leve, branca e fria... Há quanto tempo a não via! E que saudades, Deus meu...
Maria Graziela Vargas Comba



Até casar estava registada como Maria Graciete, mas um lapso mudou-lhe o nome para Maria Graziela. Filha de Francisco Comba e de Filomena Emília Vargas, ela nasceu em 31 de Julho de 1949, na ilha do Faial-Açores. É casada e tem duas filhas: a Paula e a Cláudia.
Embora viva na região do Estoril, nunca esqueceu Bujões e esteve na distribuição do livro do Dr. Germano. Ainda tem casa na sua ilha natal, mas trata-se de uma bujoense do coração, juntando ao sangue transmontano do pai maravilhoso que teve, o sangue açoriano da sua inesquecível mãe, sempre sorridente e serena, um autêntico vulcão mas de tranquilidade e amor para com os seus filhos. Bujões ligada aos Açores por esta família que deixou saudade e que foi sempre vista com a distinção que ainda hoje é a marca do João, do Adriano e da Graziela e todos os descendentes que continuam a erguer o estandarte desta gente tão especial e boa.





Este jovem, é nada mais nada menos  do que MÁRIO COMBA, nascido em Guiães, no dia  em 20 de Janeiro de 1904, mas batizado em Abaças, como sendo de Bujões, filho natural de Guilhermina Adelaide Comba, neto pelo lado materno de Joaquim Comba  e Filomena Augusta Ribeiro.
Em 30 de Maio de 1925 casou com Custódia Barbosa, filha de Diogo Barbosa e de Maria  dos Santos, neta pelo lado paterno de Joaquim Barbosa e Josefina dos Santos e pelo lado materno de Jerónimo Cardeal e Luísa Santos. A tia Custódia teve como madrinha de batismo, Raimunda Áurea Barbosa, natural de Monforte de Lemos,  do Reino de Espanha, que é referida no livro "Desde o Alto da Serra" 

 
 

Este casal tão amigo e que tantos de nós conhecemos, aqui estão eles juntos no casamento de uma filha. O tio Mário Comba emigrou para o Brasil em 1930 e até partir para o Além continuou com o porte elegante de sempre, nem o cabelo lhe fazendo falta. Nunca esqueceremos aquela ida ao Coliseu de Lisboa, ver o Circo, com ele e meu pai, e o neto António. Que noite maravilhosa, onde pude confirmar que os cegos têm uma visão especial porque sentem no coração as imagens que não conseguem ver! Falta dizer que nos deixaram para sempre em 4/2/1969 (o tio Mário Comba) e em 10/9/1983 (a tia Custódia).
 
                                                 
                     
 























Que bela pinga! Não te minto, nem um palmo!
Nestas fotos, uma já no outono da vida e outra em plena primavera, aparece  o nosso bem conhecido tio António Penalva Comba (António Cego), genro do tio Mário Comba, porque casou com a tia Elisabete Comba, sua filha, a nossa famosa cantora, com uma potência de voz capaz de acordar, desde Bujões, o Padre Monteiro, em Abaças!  Conta-se, que um dia, o tio António chocou de forma casual com a tia Rita, pois eram ambos cegos de um olho, mas diferentes, e ele disse para ela:
"Oh Rita, vê lá se  não andas fora de mão"...
Quando queria demonstrar a sua versão sobre um acontecimento qualquer e para que não houvesse dúvidas, usava a sua célebre expressão "não te minto, nem um palmo!". Inteligente, afável, trabalhador, o tio António, como todos os bujoenses que já partiram, deixou saudades naquela Eira onde vivia, tendo vários filhos, homens e mulheres, que se orgulham de ter sangue Comba e raízes neste homem tão forte nas convicções, como no trabalho. E veja-se, como em jovem, apesar da sua deficiência visual, ele conquistou com o seu aprumo o coração da Elisabete, felizmente ainda viva.



Laurinda Botelho dos Santos- LAURA, nascida em Bujões em 15 de Junho de 1948, filha de Maria das Dores Botelho Barbosa e Messias Alves dos Santos.
Reside em São Paulo-Brasil, mas o coração está em Bujões desde sempre.
O seu lema é BUJÕES À FRENTE. Quando um dia chegar lá em cima, tem umas contas a acertar com o Padre Monteiro que gostava muito de mandar os de Bujões lá para trás nas procissões da Senhora da Guia. Com a sua alegria esfuziante e com a sua concertina (sanfona) ela é um bálsamo contra a tristeza e a sua atividade de voluntária só a enobrece! As traquinices em miúda ficaram conhecidas e a Laura é aquela bujoense que se orgulha dos caminhos que percorreu na vida! Se um dia houvesse uma batalha e se Bujões precisasse, ela estaria de espada ao alto e investindo contra o inimigo, gritando como um guerreiro samurai "Bujoi ió massugu!" ou seja, "Bujões sempre em frente!"  


Silvina da Conceição Botelho, filha de Francisco Botelho e Isabel Oliveira, nasceu em Bujões em 10 de  Fevereiro de 1905 . Era neta pela parte paterna de Vicente Botelho e Delfina Comba e pela parte materna de José António Oliveira e Silvana Thiago.
Casou em 3 de Junho de 1942, com Álvaro Pires e faleceu em 22 de Outubro de 1946.
Silvina da Conceição Botelho deixou para sempre Bujões aos 41 anos de idade, mas ainda teve tempo de amamentar o filho que nunca a esqueceu, o Ezequiel :


Certidão de nascimento, com averbamento do casamento e óbito de Silvina da Conceição Botelho.





Registo de batismo de EZEQUIEL BOTELHO PIRES, nascido em Bujões em 2 de Agosto de 1943, filho de Álvaro Pires e Silvina da Conceição Botelho, neto pela parte paterna de Jaime Pires e Olinda da Conceição e pela parte materna de Francisco Botelho e Isabel de Oliveira.


Depois de cumprir o serviço militar em Moçambique, na Força Aérea, o Ezequiel prestou serviço como Policia, em Angola, regressando a Lisboa, mesmo a tempo de assistir ao 25 de Abril. Aqui o vemos, antes de regressar e ingressar na 8ª esquadra de Lisboa, no Largo do Regedor nº 2, em pleno coração de Lisboa, junto ao Rossio.

 
Ezequiel Botelho Pires e Maria de Fátima Abelha, filha de David Alves Abelha e Olímpia Timpeira, casaram em 30 de Dezembro de 1963, ambos com 20 anos. O Ezequiel faleceu muito jovem, em 28 de Abril de 1990, no Hospital de Vila Real e deixou diversos filhos que a tia Maria do Ezequiel, como sempre foi e será conhecida, tratou com todo o desvelo e carinho, nunca esquecendo o marido e pai da Carolina, da Paula, da Silvina, da Cláudia, da Maria José e do Fernando, que estão espalhados por diversos pontos do Mundo, incluindo Bujões. De resto, também não esquece o Anjo que partiu antes do pai, uma filha a quem deram o nome de Maria José. Os restantes seis filhos continuam o seu caminho e já apareceram os netos e a família irá certamente continuar a crescer. O Ezequiel lá está observando e protegendo a sua linda família.
Lembro o porte garboso do Ezequiel, em pleno Rossio, onde prestou serviço antes de ser transferido para Vila Real. Assisti algumas vezes à forma aprumada como ele se empenhava em ajudar os turistas que se lhe dirigiam, mesmo sem ter conhecimentos de línguas estrangeiras. Ele mesmo dizia que o mais importante era o sorriso e conhecer os sítios que queriam ver, como a Igreja de São Domingos, a Estação do Rossio, o Elevador de Santa Justa, os Correios nos Restauradores e o Centro de Informações Turísticas, ali ao pé do Elevador da Glória. Ele caminhava com eles e despedia-se sempre com um aperto de mão ou batia continência, mesmo sem se entenderem. E, satisfeito, dizia que já sabia umas palavras para quando quisessem beber e comer nos sítios certos. Ele era avesso a passar multas e preferia dizer às pessoas para cumprir do que preencher papéis, ganhando assim o respeito de muitos que o conheceram.
Quem imaginaria, olhando às dificuldades porque passou em jovem, ver o Ezequiel, um bujoense, em pleno coração de Lisboa, o Rossio, a patrulhar aquela área nobre da cidade, dando voltas e voltas, a pé, sempre atento e demonstrando toda a gentileza e simpatia para quem se lhe dirigia, a todos atendendo de maneira simples e afável que é, afinal, apanágio das pessoas de bem, como sempre foi o caso dele. 


 

Estes personagens de Bujões são José Teixeira, que nasceu em 23/11/1925 e faleceu em 11/7/2002 e  Palmira Barbosa Timpeira (sua mulher, a seu lado na foto), que nasceu em Bujões em 23/8/1925, tendo a cerimónia de casamento decorrido em 17 de Setembro de 1949. A tia Palmira faleceu em 13/6/2010. Um casal tão lindo é natural que tivesse muitos filhos e ainda nos lembramos de alguns quando a casa que habitavam lá no alto, a caminho do Picoto, ardeu num incêndio, e vieram  viver para o Quinteiro. Outros nasceram ali, naquele Quinteiro tão tranquilo, mas sem as vistas bonitas que tinham lá no alto. Mas foi daquele cantinho abrigado, tão antigo de séculos, que partiram para sempre o tio Zé e a tia Palmira. Vamos ver se não esquecemos nenhum dos filhos que geraram e que continuam a exibir o orgulho de serem os  porta bandeira do seu amor aos pais e à sua aldeia natal.:
Sebastião Jorge Barbosa Teixeira, nasceu em 8/11/1950 ( 0 1º a nascer)
José Barbosa Timpeira, nasceu em 24/11/1952
Dulce Barbosa Timpeira, nasceu em 12/12/1955
Margarida Timpeira Teixeira, nasceu em 23/6/1957 e faleceu em 15/4/1972
Ana Maria Timpeira Teixeira, nasceu em 15/4/1960
Ângela Barbosa Timpeira, nasceu e faleceu em 7/10/1965
Maria Lúcia Timpeira Teixeira, nasceu em 12/3/1970
A tia Palmira e o tio Zé, bem como as duas filhas que foram a caminho do Céu muito cedo e  hoje lhe fazem companhia como Anjos protetores da família, são lembrados com saudade por todos aqueles que conhecem a sua luta constante para criar os seus rebentos, com tanto sacrifício, tanto amor e dedicação, vivendo permanentemente no coração desses filhos e filhas que se orgulham dos pais maravilhosos que lhe marcaram a vida para sempre. Vejam como eles eram tão bonitos quando casaram e admirem a beleza que transparece de tudo aquilo que estes dois bujoenses representam para quem os continua e continuará a amar!





             Maria das Dores Farroco
            


Nesta  foto está  MARIA DAS DORES, de apelido Farroco, filha de Manuel dos Santos Farroco e Maria do Carmo. Nasceu  em Bujões em 6 de Maio de 1900 e ficou conhecida como a tia Maria Soqueira. Era neta paterna de António dos Santos Farroco e Joaquina da Silva Marta e neta materna de António dos Santos e Maria Barbosa. Casou com Álvaro Timpeira em 3 de Julho de 1924.  Álvaro Timpeira é filho de Francisco Timpeira e de Ana Rosa da Silva, de Abaças, neto paterno de Manuel Timpeira e Maria Rosa. O tio Álvaro, que tem esse nome porque teve como padrinho o irmão do Sr. Bento, Álvaro Alves Moreira, faleceu em 9 de Junho de 1972 e sua mulher  foi ao seu encontro em 21 de Janeiro de 1976 e a filha Palmira foi ao encontro de ambos em 13/6/2010.
Moravam na Rua do Rabão. Como todos, naquela época difícil, tiveram uma vida de muito trabalho, canseiras e preocupações, mas hoje repousam todos juntos e para sempre na companhia dos entes queridos que partiram já ao seu encontro.




Uma família bujoense, no Brasil

Nesta foto de 1962, vemos muitos bujoenses que residem no Brasil há muitos anos.
Falemos, então, desta família:
De gravata, está DOMINGOS TEIXEIRA, nascido no Rio, em 22 de Março de 1922.
É  filho natural de Maria dos Anjos Teixeira, nascida em Bujões.
Domingos Teixeira cresceu em Bujões e casou em 28 de Outubro de 1944 com MODESTA da CONCEIÇÃO JESUS, nascida em Bujões em 26 de Julho de 1924.
Modesta da Conceição é filha de Diogo de Jesus, que também usa Diogo de Jesus Penalva e Maria dos Santos Araújo, que também usa Maria da Conceição dos Santos Araújo, conhecida por tia Maria Grande, uma vez que era irmã do tio Francisco Grande (Francisco dos Santos Araújo) e do tio Manuel Grande (Manuel dos Santos Araújo ou "Manel da Rosa") e, ainda, da tia Ana Soqueira. A alcunha de Grande nasceu com o tio Francisco Grande que era o homem mais alto da freguesia, naquela época, pois media cerca de 2 metros!
A tia Maria da Conceição dos Santos Araújo, ou Maria Grande, é filha de Alexandre Araújo e Rosa dos Santos e neta paterna de António Araújo e Ana Joaquina. Casou em 31/7/1920 com Diogo de Jesus Penalva.
Olhando esta foto ( da esquerda para a direita) temos os seguintes personagens:

Maria da Conceição dos Santos Araújo

Maria Pascoalina, filha de Domingos e Modesta

Modesta da Conceição Jesus

Acácio, filho de Domingos e Modesta ( já falecido)

Domingos Teixeira


António, filho de Domingos e Modesta

Manuel, filho de Domingos e Modesta

Alexandre,  filho de Manuel dos Santos Araújo e Maria da Conceição Comba e que também usa Maria da Conceição Ribeiro Lopes. É sobrinho da tia Maria Grande.

José, filho de Domingos e Modesta

Esta família que morava no Bairro, mesmo no cima da rua, do lado esquerdo, deixou muita saudade porque era gente boa e orgulhosa dos seus cinco filhos, dos quais o José, que vai ficar conhecido para sempre como "o Mateus",  demonstrava enorme coragem e capacidade em subir aos mais altos pinheiros, em busca de pinhas e ramos secos para aquecer a lareira no inverno. Parecia um gato e ninguém lhe ganhava, nem mesmo em alegria! Grande Mateus! Grande companheiro das matas!
SAUDAMOS o tio DOMINGOS TEIXEIRA neste mês em que vai completar 91 anos e que avança com toda a pujança a caminho dos cem! Ele é um escritor de memórias sobre Bujões e esperamos publicar neste blogue alguns dos seus trabalhos, felicitando-o por esse exemplo e incentivando-o a continuar. Ele pertence aos Teixeira, de Bujões, com raízes profundas na aldeia e como patriarca vivo desta família não podemos deixar de lhe desejar a ele e a todos as maiores felicidades e fazer votos para que voltem sempre, porque serão sempre bem vindos! Fazem parte do património humano de Bujões!

 

NOTÍCIA TRISTE
Hoje, dia 20 de Março de 2013, faleceu no Rio de Janeiro MODESTA da CONCEIÇÃO de JESUS, a tia MODESTA. Deus chamou à sua presença esta bujoense que deixa profunda tristeza em todos nós e em especial à família, ao marido e todos os filhos que eles criaram com tanto desvelo e amor. Na hora da partida e porque sabemos que a tia Modesta irá descansar junto aos eleitos de Deus, não podemos deixar de apresentar a toda aquela gente boa de Bujões, que labuta tão longe da nossa terra, os mais sentidos pêsames, lamentando a perda desta tão querida conterrânea e vizinha do bairro onde vivemos em Bujões. Sabemos que este é um destino que a todos atingirá, mas quando parte alguém que marcou a nossa infância, parte também algo de nós próprios e por isso sentimos mágoa e pesar.
Que Deus a tenha junto a si e que descanse em paz.



Diogo de Jesus Penalva
Diogo de Jesus, ou Diogo de Jesus Penalva, na foto, nasceu em Bujões em 11 de Dezembro de 1898.
É filho natural de Ermelinda dos Santos Penalva, neto pelo lado materno de António de Araújo Penalva e Luísa dos Santos Penalva.
Teve como padrinho de batismo Diogo Barbosa. Casou em 31 de Julho de 1920 com Maria da Conceição dos Santos Araújo, a tia Maria Grande.
Faleceu prematuramente em 22 de Outubro de 1937, muito jovem ainda.
A mãe do tio Diogo Penalva solicitou passaporte para o Brasil em 5/2/1909. Na data fez-se acompanhar do filho que tinha então 10 anos.
É uma família com raízes em Penalva do Castelo, perto de Mangualde e Viseu, sendo esse o motivo de terem como apelido o nome do local onde nasceram.
Já não há muitas pessoas que tenham recordação deste bujoense, a não ser a filha Modesta que nunca o esqueceu.




José dos Santos Penalva

Os mais velhos conheceram bem o tio Zé Miolo, mas o verdadeiro nome dele é José dos Santos Penalva, filho de Diogo de Jesus ou Diogo de Jesus Penalva e de Maria dos Santos (Maria da Conceição dos Santos Araújo), a tia Maria Grande. Nasceu em Bujões em 11 de Abril de 1927. Neto paterno de Ermelinda dos Santos Penalva e materno de Alexandre de Araújo e de Rosa dos Santos.
Casou com Branca Nunes Correia em 27 de Junho de 1952 . A tia Branca faleceu em 15 de Maio de 1986. Já o tio Zé faleceu na freguesia de Odivelas, perto de Lisboa, em 14 de Junho de 2007.
Tiveram filhos, entre os quais, dizem-nos: a Guiomar, Maria e Ermelinda.
Aqui deixamos para memória futura a foto deste bujoense que era uma simpatia de pessoa, muitas vezes de casaco pendurado ao ombro, riso aberto, e que, como todos os que viveram nessa época não tiveram vida fácil. Isso mais enobrece o carácter dessas pessoas que no meio de tanta dificuldade deram o seu esforço para irem em frente com a família que constituíram e, nesse aspeto, a tia Branca, foi uma mulher sempre à altura.




Delfina da Conceição de Jesus

Delfina da Conceição de Jesus, irmã do tio Zé e da tia Modesta, nasceu e Bujões em 5 de Novembro de 1921. Filha de Diogo de Jesus e de Maria dos Santos Araújo, a tia Maria Grande, é neta pela parte paterna de Ermelinda dos Santos Penalva e pela parte materna de Alexandre de Araújo e de Rosa dos Santos.
Casou em 29 de Dezembro de 1948 com Manuel António da Silva Marta. Este faleceu em 10 de Maio de 1995.
A tia Delfina merece um carinho especial pois é neste momento a bujoense viva mais idosa e já percorre o caminho que leva até aos 100 anos. Vive em França e daqui a saudamos com a estima que nos merecem todos os bujoenses que demonstram a sua capacidade e a sua resistência aqui ou nos quatro cantos do Mundo e se adaptam e dão o melhor do seu esforço em busca de uma vida melhor. Em frente tia Delfina! Você é uma jovem!

Ilda dos Santos e Albino de Oliveira Pires, com os filhos

Ilda dos Santos, nasceu em Bujões em 11 de Julho de 1931. É filha de António Maria dos Santos e Ana dos Santos Araújo. 
Por parte do pai, é neta de Manuel dos Santos Farroco e de Maria do Carmo Barbosa. Por parte da mãe é neta de Alexandre de Araújo e de Rosa dos Santos. A tia Ilda casou em 21 de Novembro de 1955 com Albino de Oliveira Pires, filho de Germano Pires. O tio Albino faleceu em 22 de Maio de 2000. Na foto estão acompanhados dos filhos e moraram muitos anos junto à Capela de Santo Amaro que certamente não deixará agora de interceder pela sua antiga vizinha, uma vez que ela ainda continua felizmente entre nós e sempre interessada na sua aldeia natal, como bujoense do coração que sempre foi.



Amadeu Brites de Figueiredo, alto e de barba, com familiares entre
os quais seu filho José Brites de Figueiredo


Amadeu Brites de Figueiredo, nasceu em 28 de Janeiro de 1871, filho de António Brites de Figueiredo e de Ermelinda Rosa da Silva,  sendo todos naturais de Fontelo. É neto pela parte paterna de José Brites de Figueiredo e Isabel Lourenço e pela parte materna de Manuel Correia e Rita da Silva, nascidos também naquela aldeia da freguesia de Abaças.
Com efeito, a família Brites Figueiredo tem as suas raízes muito antigas em Fontelo e também em Guiães.

Amadeu Brites de Figueiredo solicitou passaporte para o Brasil em 7 de Abril de 1884, tinha então treze anos, e esse mesmo caminho de ida para aquele país irmão seguiram então, e durante vários anos, diversos membros da família Brites Figueiredo, de Fontelo, como foi o caso de Augusto, Manuel, Miguel (este de Guiães),José, João, António, Filomena, Custódia (esta de Guiães) e muitos outros.
O Sr. Amadeu, não tem averbado o primeiro casamento, mas voltou a casar em 22 de Novembro de 1924 com Rosa do Carmo Lopes, de Fontelo, tinha ele já 53 anos e ela 32 anos. Vieram residir para Bujões, e aqui acabariam por falecer; ele em 18 de Maio de 1966 e ela em 18 de Outubro de 1976. Nesta foto que juntamos, tem junto a si o único filho daquele casamento, José Brites de Figueiredo, de boné, e que tinha o mesmo nome do avô paterno,  pai do Sr. Amadeu.
Quando jovens, sempre víamos sentado à janela de sua casa, junto à Capela de Santo Amaro,  a figura respeitável do Sr. Amadeu, que impedido por doença se limitava a observar dali o que se passava na aldeia, sofrendo certamente por não poder deslocar-se pelos caminhos e campos da terra que escolheu como sua e onde deixou descendentes que ainda hoje se orgulham dos seus antepassados.






Foto de 1968 com a família Figueiredo toda reunida.

José Brites de Figueiredo, nasceu em Bujões no dia 31 de Maio de 1929. Filho de Amadeu Brites de Figueiredo, então com 58 anos, e de Rosa do Carmo Lopes, então com 37 anos, é neto paterno de António Brites Figueiredo e Ermelinda Rosa da Silva e neto materno de José Lopes Pereira e Maria Nunes. Todos eles, pais e avós, eram naturais de Fontelo.
Casou em 5 de Setembro de 1947 com Rosa de Jesus dos Santos, de Bujões, filha de António Maria dos Santos, então com 36 anos e de Ana dos Santos, da mesma idade. A tia Rosa era neta pelo lado paterno de Manuel dos Santos Farroco e de Maria do Carmo Barbosa e pelo lado materno de Alexandre de Araújo e de Rosa de Jesus dos Santos.
José Brites de Figueiredo viria a falecer em 26 de Dezembro de 2007 e Rosa de Jesus dos Santos em 27 de Abril de 2011.
Será justo assinalar que José Brites de Figueiredo possuía uma capacidade invulgar para gerir o seu negócio, em que vendia tudo o que a aldeia mais necessitava. Na célebre venda do tio Zé Brites, nada faltava e era essa a sua maior virtude tendo em conta um meio tão pequeno e pobre. E na frente do balcão, muitas vezes com o lápis atrás da orelha pronto para acrescentar mais uma parcela no rol do freguês que só pagava quando havia dinheiro, ele era a simpatia e o sonho para quem procurava encontrar remédio para amenizar tanta necessidade. E este conhecido empresário bujoense tinha qualidades pessoais para ir bem mais longe se não tivesse optado por investir naquele pequeno mundo de Bujões e servir os seus conterrâneos, demonstrando tantas vezes o valor da sua dimensão humana, afirmando-se como um homem bom, sempre disponível para transportar um doente ou um necessitado a qualquer lado que fosse preciso. Afável, sorridente, ele era por vezes a voz da tranquilidade quando os ânimos azedavam por efeito do vinho, e deixou uma marca inapagável junto de todos os bujoenses que desde a venda improvisada do Carril, até ao local onde tantos e tantos anos teve o seu estabelecimento com telefone e posto de correios, sempre encontraram nele algo mais do que um comerciante - um verdadeiro amigo!
E para além dessa faceta do negócio, ele até chegou a ser cabo de ordens, responsável pela lei e autoridade civil, nada recebendo a não ser problemas que outros causavam. 
Mas acima de tudo, José Brites de Figueiredo foi pai e educador de uma grande família em parceria com a tia Rosa. Sem dúvida  que esse foi o melhor resultado e legado da sua vida, e só por isso ele é merecedor de todo o apreço e admiração.
Vejam quantos filhos e filhas, todos naturais de Bujões, eles deixaram como continuadores desta família oriunda de Fontelo a que, em boa hora, o Sr. Amadeu deu continuidade, depositando no seu filho José o estandarte dos Figueiredo, a que a singeleza da tia Rosa juntou o seu apelido de Santos! Quer isto dizer que, em pouco tempo, e com a sua chegada a Bujões, os Brites Figueiredo passaram a Santos Figueiredo. E a saga irá continuar com novas ligações, novos apelidos, mas com os mesmos princípios provenientes dos inesquecíveis antepassados daquela pequena aldeia que muitos bujoenses se habituaram a atravessar a caminho do batismo, do casamento ou do repouso eterno!

Eis os continuadores...


Maria de Lourdes dos Santos Figueiredo, nasceu em 12/12/1948
António dos Santos Figueiredo, nasceu em 8/2/1951
Maria da Glória dos Santos Figueiredo, nasceu em 22/2/1954
Maria Luísa dos Santos Figueiredo, nasceu em 22/8/1956
José dos Santos Figueiredo, nasceu em 4/2/1959
Maria Augusta dos Santos Figueiredo, nasceu em 2/6/1961
Adolfo dos Santos Figueiredo, nasceu em 25/4/1964




Esta foto, em formato grande, é do dia 11 de Maio de 1968, dia esse em que a primeira filha, Maria de Lourdes, casou por procuração com o Adriano, residindo o noivo, naquela data, em Santos-Brasil, local esse  para onde a noiva posteriormente embarcou e onde ainda vivem. Além da noiva e do pai, estão presentes outros bujoenses conhecidos, mas o mais impressionante é o estado daquela que era a rua principal da nossa aldeia ( só pedras, rochas e lama), bem como a pequenez das escadas redondas de acesso à  antiga Capela de Santo Amaro, mesmo ao lado do muro que tinha por detrás a casa da família  Figueiredo.





 
 
 
 

27 comentários:

  1. Parabéns pelo blog!... Continuem assim a divulgar um pouco mais da vida desta aldeia que muito prezo...
    Fernando MS Rocha (neto António Alves dos Santos)

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  2. É com muita saudade que recordo aqui o meu pai, António Alves dos Santos, e também a minha mãe Anunciação Messias.
    E é também com indisfarçável orgulho que vejo aqui mencionadas, e reconhecidas, as características do seu carácter que guardo no meu coração - a bondade, a serenidade e o altruísmo.
    Um bem haja ao autor deste blogue, por divulgar a nossa terra e perpetuar a memória da nossa gente.
    Jorge Alves dos Santos

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    1. Blogue-Bujões Memórias e Personagens23 de janeiro de 2013 às 10:48

      Ao neto do tio António, Fernando Rocha, ao Jorge, companheiro de juventude e do famoso hotel da Calçada da Boa Hora "a Tasca do Anibal", tantos anos decorridos sem mais nos vermos,aqui está no vosso comentário a razão de ser deste blogue- honrar e registar para memória futura um pouco das muitas qualidades humanas de todos os bujoenses que já partiram e que nos deixaram um legado de principios e um vazio na alma pela sua perda. É o caso daqueles que sendo já Santos se uniram com Messias! Lá longe, na Alemanha, está a nossa fiel leitora e vossa familiar Filipa Santos que sente, como vós, a mesma necessidade de manter viva a memória do grande personagem que foi o homem simples, humilde,bondoso e sereno que todos conheceram por tio António da Ana,pai, avô e bisavô de tantos que encontraram no trabalho duro e honrado o exemplo deste querido bujoense. Em 8 de Junho esperamos rever alguns membros desta familia vizinha do Quinteiro, de quem só temos razão para elevar o carácter e as virtudes, raízes fortes deixadas pelo tio António e tia Anunciação.
      Nota: Espero que me enviem uma foto bonita da tia Anunciação para a colocar ao lado daquele que foi seu companheiro de tantos anos de vida. jvpaula@netcabo.pt T.961119894

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  3. manuel antonio da silva marta,faleceu 10.05.1995
    deixando a esposa delfina e filhos:manuel antonio,nascido bujões,
    maria augusta,também nascida em bujões;miguel,helena,domingos,e elisa,nascidos em guiães..todos vivem em françao,menos manuel antonio,que vive no rio de janeiro,brasil..
    ...sou o filho manuel antonio,e a posterior mandarei foto da família....obrigado e parabens pelo blogue

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  4. Bujões-Memórias e Personagens15 de maio de 2013 às 00:31

    Obrigado Manuel António. Como este blog pertence a todos e se destina a perpetuar a memória de todos os bujoenses, sem excepção, basta que me enviem fotos digitalizadas através do meu endereço electrónico jvpaula@netcabo.pt e explicando de quem se trata que eu componho o texto. As fotos quanto mais antigas melhor mas isso fica ao critério de quem as envia. Um grande abraço e felicidades para si. JVP

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  5. Família linda!!Bjs Bruna Morais!!♥♥...

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  6. Jose voce tem alguma foto antiga de maria dos anjos teixeira.

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  7. ela é mãe do meu pai domingos teixeira

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  8. Sou José Nascimento Figueiredo dos Santos, neto de Brites e Rosa, filho de Adriano dos Santos e Maria de Luordes dos Santos Figueiredo. Parabens pela homengem à Familia Figueiredo. Adoro Bujões, Abs.

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  9. Adorei este Blog .. Mas quando li a homenagem a minha Familia, Dos Santos Figueiredo fiquei emocionada .. Obrigada(o)!


    Marcia Cigarro Figueiredo, Filha de Afoldo Dos Santos Figueiredo !

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  10. Eu presumo que José Nascimento Figueiredo dos Santos resida no Brasil, em Santos, em cuja casa de seu pai e sua mãe eu já estive há muitos anos. E lá estive com o Adriano, que agora deve estar um pouco mais velhote, como eu. Quanto à Marcia Cigarro Figueiredo, filha do Adolfo dos Santos Figueiredo, cujo pai bem conheci quando éramos meninos, é que não faço ideia nenhuma por onde anda. Se nos arquivos dos vossos pais houver alguma foto antiga,digitalizem e enviem para o meu email jvpaulo1@gmail.com que eu publico. Obrigado pelo vosso apoio ao blogue que irá publicar muita coisa sobre Bujões. O problema é a falta de tempo, mas vai-se arranjando. Um abraço do Jose Ventura Paula

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  11. Foi um prazer enorme fornecer uma fotografia de imenso valor.
    Tenho a dar-lhe os parabéns pelo o trabalho que tem feito, peço-lhe que continue com este belo e esforçado trabalho, porque a aldeia de Bujoes necessita de homens como o Senhor Paula.

    Um abraço e Obrigado!

    Vítor Hugo Vilela Figueiredo

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  12. Sou bisneto de Bernardino Lopes, de Fontelo, irmão de Rosa do Carmo Lopes. Emigrou para o Rio de Janeiro com minha bisavó Elvira e filhos.

    Parabéns por este belo site.

    Um abraço,

    Guilherme Lopes

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    1. Um abraço para o nosso amigo Sr. Guilherme Lopes. Está vendo como é bonito não esquecermos as nossas origens, os nossos queridos antepassados, a sua história. Seu bisavô, Bernardino Lopes, que também usava o nome de Bernardino Nunes, era, de facto, irmão da nossa querida tia Rosa do Carmo Lopes que casou com o Sr. Amadeu Brites de Figueiredo ( eram ambos naturais de Fontelo) mas vieram viver em Bujões. Seu bisavô nasceu em Fontelo, às oito horas da manhã de 14 de Fevereiro de 1886 e solicitou passaporte para o Rio de Janeiro em 28 de Novembro de 1911. Mais tarde, em 11 de Fevereiro de 1928 obteve novo passaporte para o Brasil e fez-se acompanhar da esposa Elvira do Carmo Lopes ou Elvira da Natividade Alves do Carmo e dos filhos Manuel,de 9 anos, Henrique de 7 anos, Maria da Glória de 22 meses. Aproveitamos para lembrar aqui a forma amistosa como sempre se relacionaram estas duas aldeias irmãs - Fontelo e Bujões. Os nossos noivos eram ali aplaudidos e os nossos mortos sempre respeitados e ainda hoje quando algum bujoense parte para o outro Mundo, e caso vá para Abaças, atravessa Fontelo, aldeia de gente boa e trabalhadora. Obrigado pelas suas palavras e se quiser ter uma cópia do documento que naquelas datas servia de passaporte, do ano de 1911 ( que não tem foto, porque não se usava então) e do que está datado de Fevereiro de 1928, quer em nome dele, quer em nome da esposa, (estes dois já com fotos), eu envio para o Sr. Basta enviar-me o seu endereço de email para jvpaula@netcabo.pt Um abraço JVPaula

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  13. Grandes personagens da minha infância muito feliz em Bujões! Chorei a rever a Tia Maria Soqueira que me ensinava orações, o Sr. Manuel da Rosa que me carregava ao colo e que me levava peras e maçãs..... muitas risadas com a Srª Alberta; lembro-me vagamente do Sr. João mas da Srª Alberta tão bem, tão bem!!! e a Laura, o funeral do Tareco que fizemos juntas, os Natais em que víamos o menino Jesus a descer pela chaminé, das tantas traquinices dela ... Tempos felizes!!! Podem arranjar-me o contacto da Laura, por favor? e a Tia Maria do Messias? a minha grande amiga Lucinda que Deus a tenha, ai que saudades meu Deus. Obrigada aos autores, pela partilha, a pesquisa e os textos tão interessantes. Provavelmente já não se lembram de mim! Luisinha

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  14. Memorias e personagens20 de novembro de 2013 às 03:24

    Obrigado pelo comentário tão emotivo e gentil. Agradeço o favor de me contactar pelo email jvpaula@netcabo.pt ou tele. 961119894 para lhe poder dar o contacto da Laura que vive em S. Paulo -Brasil. Vamos continuar a publicar muita coisa sobre Bujões e os bujoenses para que estes momentos recordando o passado não fiquemperdidos para sempre. Assim haja tempo. Não sei quem é a Luisinha mas eu sou filho da tia Alberta e do João Cego. Uma honra! Aguardo o seu contacto. Obrigado

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  15. Parabéns pelo blog. Chorei ao ver as fotos do meu avô Mário Comba e da minha avó Custódia Barbosa. Se você tiver mais alguma coisa sobre eles e seus filhos, por favor coloque ou me mande por e-mail (luciacomba@ig.com.br). O meu pai se chamava Antonio Augusto Comba e, por obra do destino, faleceu no dia do aniversário do meu avô Mário. Meu pai faleceu dia 20 de janeiro de 2010. Estou colocando no meu facebook tudo que estou encontrando sobre nossa família, principalmente as informações sobre o meu ramo da família. Mais uma vez obrigada por você estar ajudando a descobrir a minha história.

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  16. Ola enformo que o ser Manuel Antonio da Silva Marta, nao faleceo em 1955 mas nos anos199.... e no dia 25 de dezembro

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  17. Gostaria de falar consigo, pois a minha família e Botelho e Cardeal

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  18. Caro Sr. Há muita gente neste mundo com os apelidos de Botelho e Cardeal, separados, ou mesmo com os dois em simultâneo. Neste blogue só tratamos de pessoas que nasceram em Bujões, pequena aldeia cerca de Vila Real, capital da provincia de Trás-os-Montes, em Portugal. Como nem o seu nome indica, para falar comigo basta escrever aqui na página de comentários que eu sempre que posso respondo com muito gosto aos leitores que se manifestam por essa via. Cumprimentos JVpaula

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  19. Bom dia sou o José Pedro de Oliveira Timpeira neto da Tia Maria Soqueira e de Álvaro Timpeira a Tia Maria Soqueira tinha dois filhos Palmira Timpeira e meu pai Sebastião Timpeira

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    1. Parabéns José Pedro de Oliveira Timpeira por lembrar as suas origens. Eu conheci os seus avós, da Rua do Rabão, mas de momento não me lembro de seu pai-Sebastião Timpeira. Diga-me alguma dele pelo email jvpaula@netcabo.pt. Um abraço JVpaula

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  20. Há uma família em Bujóes que conheci há muito tempo e não encontrei nenhum comentário sobre eles, talvez já tenham deixado essa aldeia. Sei que o apelido era Barbosa Oliveira e familiares de Manuel Botelho que estava no Brasil. Cumprimentos. M. Silva

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Eu já respondi a este comentário sobre os Barbosa Oliveira, mas removi porque posso acrescentar algo mais do que então referi.
      Claro que em Bujões e noutras paragens existem bujoenses que transportam a bandeira destes apelidos tão conhecidos na nossa aldeia. Os Barbosa Oliveira. Eu mesmo conheço alguns e até outros que já partiram como é o caso do tio José e de sua mulher Isabel, uma bujoense muito estimada.
      Não vou acrescentar mais nada porque não sei quem é M.Silva e não sei a que Manuel Botelho ele se refere. Eu fui amigo pessoal de Manuel Botelho, residente e falecido em Curitiba, filho da tia Zulmira, mas é capaz de haver outros Manuel Botelho que possam ter mais apelidos.
      Diga alguma coisa
      Um abraço
      Jose Ventura Paula

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  21. Boa tarde,
    Encontrei o seu Blog (não sei se ainda ativo embora "online") ; encontro-me a tentar fazer a minha arvore geneológica e fiquei a saber que os meus antepassados vinham de Bujões e Fontelo.
    O meu nome é Nathalie Relva, e o meu bisavó: Domingos José da Relva era filho de um Francisco de Figueiredo Relva.
    Consegui chegar à 8ª geração, ou seja: a João de Figueiredo e Brites Rodrigues (Fontelo). Estes tiveram uma filha, Helena Rodrigues que casou (a.1735) com um Domingos Lopes de Bujões).
    O seu blog deu-me vontade de conhecer essas aldeias.
    Muito obrigada
    Nathalie Relva

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    1. Olá Nathalie
      Espero que vá visitar as aldeias de Bujões, Fontelo e Abaças, onde encontrou as suas raízes, a última das quais Domingos Lopes, que casou em 1735.
      Ele era filho de Manuel Lopes e Leonor Rodrigues que casaram em Bujões -Abaças em 21/11/1709. O Padre que casou o Domingos era o grande abade de Bujões Domingos Moreira que esteve à frente da Igreja de Abaças durante muitos anos. Os Lopes são uma das familias mais antigas de Bujões e o meu blog está on-line mas das centenas de assuntos que existiam para comentar, não tenho tido tempo para melhorar certas coisas nem para novas novas páginas. Aproveite e visite São Leonardo de Galafura, bem cerca de Bujões e aprecie a beleza do Douro. Felicidades para si
      e obrigado pelo comentário.

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