A família CARDEAL, desde que surgiu em Bujões, há cerca de duzentos anos, criou raízes bem profundas na nossa pequena e histórica aldeia, expandido-se por muitos outros locais de Portugal e do mundo, continuando ainda hoje a constatar-se a existência de um apreciável número de descendentes portadores desse apelido tão peculiar.
Como de facto acontece com outras famílias de Bujões, tal apelido, porém, não tem uma origem clara e determinada.
Sendo certo que se trata de uma família com raízes interligadas com outras famílias oriundas de povos da região transmontana e duriense, a história dos CARDEAL, de Bujões, assume mais visibilidade quando um dos seus principais personagens, ANTÓNIO, foi baptizado em 19 de Novembro de 1804, na linda Igreja Matriz de São Tiago da Torre do Pinhão.
Igreja matriz de Torre do Pinhão |
Vista panorâmica de Torre do Pinhão |
A
cerimónia de baptismo de ANTÓNIO decorreu na presença dos pais, avós, padrinhos e
convidados, numa zona que fazia parte da região cerca da qual se situavam as célebres
minas de exploração de ouro do Campo de Jales, mas suficientemente afastada daquele frenesim impressionante, tão comum às zonas de exploração de minério,
usufruindo da beleza e calma de uma região de planalto, então cheia de pinheiros e
castanheiros e de culturas de milho e centeio, no meio de fraguedos, e sem que
dela se avistasse, em plenitude, aquela paisagem sublime e única no mundo,
formada pelas encostas dos rios Pinhão e Douro, bem lá no fundo das ravinas,
ladeadas por matas, prados, declives, e vinhas em socalcos a perder de vista!
Aí,
nessa zona de beleza bem diferente, nasceu aquele que sendo baptizado com o
nome de António, viria mais tarde a casar-se já com um primeiro apelido, Alves. E tal nome - António Alves - consta assim mesmo nos registos dos seus primeiros três filhos,
nascidos em Bujões, até que, em 1846, quando do nascimento de mais um filho, já consta completo o
nome porque ficará conhecido e passaria à história, ou seja, o de ANTÓNIO ALVES CARDEAL.
E, voltemos por momentos e de novo um pouco atrás, ao que procuravamos transmitir, não se estranhando,
portanto, que a maioria dos habitantes daquela região, em pleno coração mineiro
do Campo de Jales, ali bem junto a Vreia de Jales, a poucos quilómetros de
Torre do Pinhão, se dedicasse a essa rude tarefa em galerias de minas intermináveis e em poços profundos, na
busca incessante e frenética daquele metal precioso e,igualmente, de prata.
Quem
diria que, volvidos tantos anos, se sonhe ainda hoje com o renascer dessa época que
marcou tantas gerações de mineiros inebriados pela miragem dos veios que serpenteavam incustrados nas rochas e pedras graniticas, dando corpo ao chamado filão dourado.
E quando tal filão era
arrancado ao ventre da terra, então se fortalecia e renovava a esperança em dias melhores,porque isso significava mais trabalho para os mineiros incutindo-se
mais ânimo e esperança a tantos e tantos que ali labutavam, sofriam, adoeciam e,
por fim, partiam, deixando as entranhas da terra a caminho do local onde o
ouro não é necessário para nada.
Teria sido António Alves Cardeal um desses intrépidos trabalhadores das inúmeras minas que marcaram para sempre incontáveis e sofridas vidas? Ou terá sido antes proprietário de algumas das terras concessionadas para exploração, comerciante, capataz do pessoal das minas, ou feitor de alguma quinta, ou mesmo um simples lavrador da região?
Vreia de Jales, zona próxima do campo mineiro, em decadência. |
Teria sido António Alves Cardeal um desses intrépidos trabalhadores das inúmeras minas que marcaram para sempre incontáveis e sofridas vidas? Ou terá sido antes proprietário de algumas das terras concessionadas para exploração, comerciante, capataz do pessoal das minas, ou feitor de alguma quinta, ou mesmo um simples lavrador da região?
Ninguém o saberá ao certo, mas como adiante se verá, ao casar com uma filha de um descendente de pessoas com algum estatuto social e que, seguramente, pertenciam naquela época à chamada nobreza da cidade de Vila Real, residentes na antiga Rua das Pedrinhas, ali bem no centro, tudo nos leva a presumir que não tenha exercido a função de simples e humilde mineiro, uma profissão extremamente dura e agreste, mas embuída, em simultâneo, de elevada dignidade e de incomensurável sofrimento, ainda hoje e sempre.
Por fim, existem dados seguros de que alguns membros desta família com origem na região de Torre do Pinhão e Vreia de Jales, acabaram por fazer vida em Vila Real, Adoufe, e, igualmente, em algumas regiões do Minho, também com o apelido Cardeal, o qual não aparece todavia nos registos dos seus antepassados, ou porque não havia então a preocupação do rigor na elaboração de tais documentos, ou pura e simplesmente porque os tempos eram outros e ninguém se preocupava muito com o correcto complemento dos nomes.
19/11/1804 - Registo do baptismo de António, realizado na Igreja matriz de Torre do Pinhão |
ANTÓNIO, filho legítimo de José Alvares Longo e de Luzia
Alvares Martins, neto pela parte paterna de Domingos Alvares Longo e de Maria
Alvares, e pela parte materna de André Ribeiro e Maria Martins, todos deste
lugar e freguesia de São Tiago da Torre do Pinhão, do lugar da Barrela,
freguesia de Nossa Senhora da Assunção, de Vreia de Jales...
Nasceu aos dezanove
do mês de Novembro do ano de mil oitocentos e quatro…
Foram
padrinhos: António Ribeiro, solteiro, filho de André Ribeiro, da Barrela, e Quitéria,
solteira, filha de António Portilho.
Nota: O apelido Alvares, usado pelos pais e avós de António, acabou por ser aglutinado para Alves, mas para que não restem
dúvidas o nome da mãe é LUZIA e não Luísa ou até Leonor como,
por vezes, aparece em certos registos. Ou seja, a parte paterna de António pertencia a Torre do Pinhão e a materna à aldeia de Barrela, a pouca distância de Vreia de Jales.
A meio caminho entre Torre do Pinhão e Vreia de Jales, fica a aldeia de Barrela de Jales (vista panorâmica Google Earth) |
A MÃE DE ANTÓNIO
Registo
de baptismo de Vreia de Jales, do dia 20/12/1771, de LUZIA, filha legítima de
André Ribeiro e Maria Martins, neta pela parte paterna de Domingos Martins e
sua mulher Ana Martins e pela parte materna de António Afonso e sua mulher
Luísa Martins. Foram padrinhos Domingos Gomes e Luzia Martins.
A mãe de António foi baptizada numa das mais lindas e apreciadas Igrejas de Trás-os-Montes, cuja padroeira é Nossa Senhora da Assunção, nome esse que era também o da esposa de João Cardeal, a tia Assunção, mãe, avó e bisavó de uma parte da actual geração da família Cardeal.
Como acima exibimos o documento de nascimento da mãe de António Alves Cardeal,
poderemos adiantar, por aproximação, as datas seguintes:
Domingos
Martins/ Ana Martins, avós
paternos de LUZIA, terão nascido por volta do ano de 1720.
António
Afonso / Luísa Martins, avós
maternos de LUZIA, terão nascido por volta dessa mesma data.
André
Ribeiro/ Maria Martins, pais de LUZIA,
terão nascido por volta do ano de 1745.
Domingos
Alvares Longo/ Maria Alvares,
avós paternos de ANTÓNIO, terão nascido por volta do ano de 1745.
José
Alvares Longo / Luzia Alvares Martins, pais de ANTÓNIO, nasceram nas seguintes datas: o primeiro por volta de
1770, e a segunda em 20/12/1771.
Não
deixa de ser curiosa a circunstância de terem nascido em Torre do Pinhão ou Vreia de Jales, aldeia
da região mineira de Jales, e numa outra aldeia da zona, de nome Cerdeira, dois
personagens que, muito embora de forma diferente, iriam marcar profundamente
a aldeia de Bujões. Além de António Alves Cardeal, temos igualmente Rita Cerdeira que viria a casar com Manuel Botelho.
Por
agora falaremos apenas de ANTÓNIO ALVES CARDEAL, não se
sabendo se este último apelido já vinha de algum antepassado remoto ou se, pelo
contrário, foi resultado de algum episódio fortuito e que era vulgar suceder na altura
e cuja razão se perdeu no tempo. Talvez tivesse ele as quatros virtudes
cardeais que são a
justiça, a prudência, a temperança e a força.
Seguramente, não será despropositado
afirmar que CARDEAL, apelido tão ligado a um alto
e importante cargo desempenhado pelos que representam ao mais elevado nível a
Igreja Católica no mundo inteiro, encontrou um lídimo representante neste homem simples e bom de Torre do Pinhão, que veio para Vila Real ao encontro de uma paixão que lhe preencheu o
coração e a alma. De facto, ele encontrou a companheira de sua vida na pessoa de ANA BERNARDINA DA SILVA DE BARBOSA E SOUSA.
Trata-se, como adiante veremos, de uma bujoense adoptiva, que encontrou em António, outro bujoense adoptivo, um
homem tranquilo e respeitado, percursores sem mácula de uma família cujas raízes cristãs se viriam a afirmar de forma tão marcante e que nos
deixaram um legado de respeito e grande admiração que nunca serão esquecidos. Assim se fecha um circulo que liga Barrela de Jales,Vreia de Jales, Torre do Pinhão, a Vila Real e a Bujões, onde irá decorrer a singular vivência desta família CARDEAL.
De
notar que, também noutros locais, o apelido Cardeal se prolongou nas suas raízes,
como é o caso destes exemplos:
Em
20 de Outubro de 1902, faleceu com 65 anos, tendo nascido na freguesia de Santa
Marinha da Costa, Guimarães, em 1837, Francisco Alves Cardeal, filho de António
José Gonçalves e Josefa Alvares Longo, de São Tiago da Torre do Pinhão. Deste
local é também o pai de António Alves Cardeal, de seu nome José Alvares Longo,
irmão certamente da Josefa.
E
em 1877, no Largo Conde de Amarante, em Vila Real, faleceu Maria Luísa Cardeal,
nascida em 1831, na freguesia de São Dinis daquela cidade. Foi aqui que António
casou com Ana Bernardina.
E
em 1876, com 73 anos, faleceu igualmente naquela freguesia de Vila Real, Manuel
Alves Cardeal, natural de Adoufe. E noutras regiões do País o apelido Cardeal
aparece com muita frequência. Ou seja, não é somente Roma que tem imensos Cardeais!
O CASAMENTO DE ANTONIO ALVES CARDEAL
Igreja de São Pedro, em Vila Real |
Registo do casamento entre António Alves e Ana Barbosa |
Aos 9 dias de Novembro de 1836, nesta Matriz Igreja de São Pedro de Vila Real, corridos os banhos e feito tudo o que determina o Sagrado Concilio Tridentino e Constituição deste Arcebispado de Braga, celebraram o santo sacramento de matrimónio António Alves, filho legítimo de José Alves e sua mulher Luzia Martins, já defuntos, do lugar da freguesia de São Tiago da Torre do Pinhão e residente nesta minha freguesia, com Ana Barbosa, filha legítima de Inácio Botelho da Silva Barbosa e Sousa e sua mulher Ana Bernardina, já defuntos…
Quer
Inácio Botelho da Silva de Barbosa e Sousa, quer Ana Bernardina, que à data do casamento da filha já haviam ambos falecido, nasceram em
Vila Real, sendo que Inácio é filho do Cavaleiro da Ordem
de Cristo, Joaquim José da Silva de Barbosa e Sousa, nascido naquela cidade,
onde casou em 18/3/1775 com uma senhora nobre de Vila Real – Ana Bárbara
Narcisa Botelho de Queiroz e Melo de Lucena, mas viveram nas suas imensas terras
em Bujões, onde o primeiro faleceu a 31 de Agosto de 1816.
Do
casamento de Inácio com Ana Bernardina, viria a constituir-se a raiz que daria
origem à família Botelho.
Do
casamento de António Alves com a filha de Inácio e Ana Bernardina, e que também
tem o mesmo nome de Ana Bernardina, surgiria a numerosa família Cardeal.
Nota: Esta matéria já consta de outras páginas deste blogue.
OS
FRUTOS BROTAM DA ÁRVORE
Como
as raízes eram boas, da árvore que António Alves Cardeal e Ana Bernardina da
Silva Barbosa e Sousa plantaram ao unirem os corações na Igreja de São Pedro,
logo dela nasceriam vários frutos que vieram alegrar a vida daqueles
dois bujoenses adoptivos, sendo como que um contraponto às dificuldades
provocadas pela morte inesperada de Inácio Botelho da Silva de Barbosa e Sousa,
ocorrida em 1833, três anos após o casamento daquela filha, deixando um
processo complicado de herança em que António Alves Cardeal seria envolvido e
assumiria algum protagonismo.
E
veja-se como os frutos apareceram nessa linda árvore de António e de Ana,
sempre de três em três anos, como um pêndulo, um relógio, oito pontos cardeais
e colaterais formando a rosa dos ventos!
JOÃO, nascido em 19/11/1837
JERÓNIMO, nascido em 17/1/1840
GASPAR, nascido em 4/5/1843, F. 1871
JOSÉ MARIA, nascido em 11/4/1846
HENRIQUE, nascido em 19/6/1849 F.1860
FRANCISCA, nascida em 1/2/1852
LUISA, nascida em 2/6/ 1855
MARIA, nascida em 17/5/1858 F.1859
AS PRIMEIRAS FOLHAS CAÍDAS
No meio de grande pesar dos pais e irmãos, faleceu em 3 de Novembro de 1859, dezoito meses após o nascimento, MARIA, a primeira flor que não chegou sequer a brotar. Era a oitava filha, a mais nova.
Ela foi baptizada pelo Padre Domingos Ribeiro de Araújo, nascido em Bujões, e que foi também seu padrinho.
Seguiu-se HENRIQUE, em 17 de Janeiro de 1860, já um rapagão a caminho de 11 anos, o 5º filho, quando já era suposto pensar que o seu ramo na árvore Cardeal não seria atingido pelas epidemias que naquela época dizimavam milhares de pessoas, sobretudo crianças e os mais jovens.
Mas a família Cardeal ainda voltaria a ser atingida de uma forma mais dramática pela morte de GASPAR, em 28 de Setembro de 1871, então já com 28 anos, solteiro, e que era o 3º filho.
Na quietude da aldeia, a partida de GASPAR uniu toda a família nesse sofrimento imenso e este foi sepultado na Capela de Nossa Senhora da Conceição, no Largo do Seixo, pertencente à família dos seus antepassados, por parte da mãe. Tal Capela, por vezes também chamada de Nossa Senhora do Carmo, encontrava-se já então em fase de decadência e foi partilhada em cinco partes, tantos eram os herdeiros de Inácio Botelho da Silva de Barbosa e Sousa.
Ele, Gaspar, seria um dos últimos bujoenses adultos a ser sepultado naquela Capela, e a quinta parte dessa Capela coube aos pais, uma vez que a esposa de António Alves Cardeal era filha de Inácio Botelho. O quinhão da herança que lhes coube foi depois vendida a Cristóvão Pinto Barreiros, da Estrada, em 1875, conjuntamente com a Socarreira e o Olival, este a caminho de Vilarinho.
Como era natural naqueles tempos, os filhos de António Alves Cardeal e Ana Bernardina que conseguiram ir em frente, cresceram e logo casaram e tiveram imensos descendentes, sendo dispensável referi-los a todos pelo que nos vamos fixar apenas no primeiro filho JOÃO. E, mesmo assim, veja-se que a árvore não é nada pequena.
Ela foi baptizada pelo Padre Domingos Ribeiro de Araújo, nascido em Bujões, e que foi também seu padrinho.
Seguiu-se HENRIQUE, em 17 de Janeiro de 1860, já um rapagão a caminho de 11 anos, o 5º filho, quando já era suposto pensar que o seu ramo na árvore Cardeal não seria atingido pelas epidemias que naquela época dizimavam milhares de pessoas, sobretudo crianças e os mais jovens.
Mas a família Cardeal ainda voltaria a ser atingida de uma forma mais dramática pela morte de GASPAR, em 28 de Setembro de 1871, então já com 28 anos, solteiro, e que era o 3º filho.
Na quietude da aldeia, a partida de GASPAR uniu toda a família nesse sofrimento imenso e este foi sepultado na Capela de Nossa Senhora da Conceição, no Largo do Seixo, pertencente à família dos seus antepassados, por parte da mãe. Tal Capela, por vezes também chamada de Nossa Senhora do Carmo, encontrava-se já então em fase de decadência e foi partilhada em cinco partes, tantos eram os herdeiros de Inácio Botelho da Silva de Barbosa e Sousa.
Ele, Gaspar, seria um dos últimos bujoenses adultos a ser sepultado naquela Capela, e a quinta parte dessa Capela coube aos pais, uma vez que a esposa de António Alves Cardeal era filha de Inácio Botelho. O quinhão da herança que lhes coube foi depois vendida a Cristóvão Pinto Barreiros, da Estrada, em 1875, conjuntamente com a Socarreira e o Olival, este a caminho de Vilarinho.
Como era natural naqueles tempos, os filhos de António Alves Cardeal e Ana Bernardina que conseguiram ir em frente, cresceram e logo casaram e tiveram imensos descendentes, sendo dispensável referi-los a todos pelo que nos vamos fixar apenas no primeiro filho JOÃO. E, mesmo assim, veja-se que a árvore não é nada pequena.
Nascido
em 19/11/1837, JOÃO ALVES CARDEAL, o 1º filho de António Alves Cardeal e Ana
Bernardina, viria a casar em Bujões em 9 de Agosto de 1866, decorrendo o acto
na Igreja de S. Pedro de Abaças. A noiva era MARIA DO CARMO, filha natural de
Teresa Lopes, nascida em 31 de Janeiro de 1835. Os padrinhos de baptismo de
João foram Francisco Comba e Maria Lopes, de Alfarela. Os padrinhos de casamento foram António
Rodrigues Comba e António Alves Cardeal.
Maria
do Carmo consta no registo de matrimónio com o nome de Maria do Carmo Comba e nos
registos de baptismo dos filhos consta somente o nome de Maria Comba, usando o apelido
do padrinho.
Deste
matrimónio nasceram os seguintes filhos:
JOSÉ MARIA, em 7/7/1872, falecido em 4/9/1874.
JOSÉ MARIA, em 2/9/1874, falecido em 26/5/1882.
ANTÓNIO, nascido em 29/6/1877
E novo ciclo de vida se
iniciou, porquanto os dois filhos de João e Maria do Carmo, que não ficaram pelo caminho, também cresceram
e casaram.
Vejamos o percurso do 1º filho:
Será
importante referir que a noiva, nascida em Bujões, foi baptizada
na Igreja de S. Pedro de Abaças em 23/8/1877, apenas com o nome de MARIA, tendo como
padrinhos Mateus Pires e Cândida Pires, de Vila Seca de Poiares. Ao seu
primeiro e único nome de Maria, foi acrescentado o nome da
madrinha - Cândida – daí que sempre tenha sido tratada por MARIA
CÂNDIDA.
Certidão de baptismo de MARIA, nascida em Bujões em 23/8/1877, filha de Joaquim Comba e Filomena Augusta, neta paterna de António Comba e Teresa Bártolo e materna de avô incógnito e Maria dos Remédios. Nos averbamentos consta o casamento com Domingos Augusto Cardeal em 28/6/1900 e o óbito deste em 10/12/1948 e o dela em 20/6/1969.
Quem teve oportunidade de conhecer esta bujoense, guarda dela a imagem de uma grande Senhora.
O seu nome de Cândida, que foi buscar à madrinha, faz juz plenamente ao seu modo de estar na vida e consubstancia a génese da sua distinta personalidade.
Cândida, serena, afável e bondosa, eis aqui alguns predicados que simbolizam esta personagem de Bujões que marcou a infância de muitos de nós e a quem sempre saudámos com reverência e respeito, naquela famosa varanda da família Cardeal.
Cândida, serena, afável e bondosa, eis aqui alguns predicados que simbolizam esta personagem de Bujões que marcou a infância de muitos de nós e a quem sempre saudámos com reverência e respeito, naquela famosa varanda da família Cardeal.
Domingos Augusto Cardeal e Maria Cândida Comba, com Bujões e a sua casa ao fundo, em que a varanda era a imagem de marca. Foto de cerca do ano de 1930.
Do
matrimónio de Domingos Augusto e Maria Cândida, nasceram muitos filhos e
filhas, mas um grande número faleceu com as epidemias que levaram muitos deles
para o Céu, ainda crianças.
Deixamos
aqui o registo dos nomes daqueles que conseguiram ultrapassar esse destino cruel e que foram:
António
Augusto Cardeal, nascido em
6/3/1903, emigrou para o Brasil, ali falecendo sem deixar descendentes.
Maria
de Jesus Comba Cardeal, conhecida
pela Senhora Maria da Capela, nasceu em 16/10/1914. Ficou solteira.
João
Augusto Cardeal, casou com
Assunção Móteo e tiveram 3 filhos: Domingos, João e Maria Irene.
José
Maria Cardeal, casou com
Argentina Fernandes e tiveram três filhos: Maria da Luz, Lúcia e Artur.
E
a árvore continua crescendo e nunca deixará certamente de expandir lentamente os seus
ramos, alicerçada nas suas poderosas raízes!
DUAS
RAÍZES QUE SECARAM
E não avancemos mais, sem antes se ver o reverso da medalha ao recuarmos alguns anos e à memória dos iniciadores desta família.
Enquanto, por um lado, se iam sucedendo os netos, enchendo de alegria o coração dos avós- António Alves Cardeal e Ana Bernardina- também vieram as primeiras lágrimas quando alguns deles partiam cedo, pequenos anjos a caminho do Céu.
E de repente, também os patriarcas da família adoeceram quase em simultâneo e, num ápice, unidos no mesmo destino, não tiveram sequer tempo para sentir fortemente a saudade, deixando a aldeia a caminho da vida futura.
Com efeito, em 29 de Dezembro de 1881, partiu para sempre Ana Bernardina e, nem um mês decorrido, em 25 de Janeiro de 1882, foi ao seu encontro aquele que, em vida, e a seu lado, vivera todas as alegrias e dramas da construção de uma família que hoje continua fortalecida e orgulhosa daqueles que são o símbolo das suas raízes.
E como acontece um dia a todos que nascem, eles partiram, mas antes de o fazerem deixaram neste mundo e naquela pequena aldeia onde viveram muitos anos, as sementes que depois brotaram e frutificaram, entrelaçando-se com outras famílias, quer em Bujões, quer noutros locais, continuando a saga que é o destino da maioria dos seres humanos.
E lá do Alto, António e Ana não deixarão de sentir alegria e redobrado orgulho naqueles que continuam hoje a honrar e a prosseguir os caminhos que eles desbravaram com muitas dificuldades, naquela aldeia onde nenhum deles nasceu, mas onde decorreu grande parte das suas vidas, hoje aqui justamente relembradas, e onde se finaram a caminho do Além.
Enquanto, por um lado, se iam sucedendo os netos, enchendo de alegria o coração dos avós- António Alves Cardeal e Ana Bernardina- também vieram as primeiras lágrimas quando alguns deles partiam cedo, pequenos anjos a caminho do Céu.
E de repente, também os patriarcas da família adoeceram quase em simultâneo e, num ápice, unidos no mesmo destino, não tiveram sequer tempo para sentir fortemente a saudade, deixando a aldeia a caminho da vida futura.
Com efeito, em 29 de Dezembro de 1881, partiu para sempre Ana Bernardina e, nem um mês decorrido, em 25 de Janeiro de 1882, foi ao seu encontro aquele que, em vida, e a seu lado, vivera todas as alegrias e dramas da construção de uma família que hoje continua fortalecida e orgulhosa daqueles que são o símbolo das suas raízes.
E como acontece um dia a todos que nascem, eles partiram, mas antes de o fazerem deixaram neste mundo e naquela pequena aldeia onde viveram muitos anos, as sementes que depois brotaram e frutificaram, entrelaçando-se com outras famílias, quer em Bujões, quer noutros locais, continuando a saga que é o destino da maioria dos seres humanos.
E lá do Alto, António e Ana não deixarão de sentir alegria e redobrado orgulho naqueles que continuam hoje a honrar e a prosseguir os caminhos que eles desbravaram com muitas dificuldades, naquela aldeia onde nenhum deles nasceu, mas onde decorreu grande parte das suas vidas, hoje aqui justamente relembradas, e onde se finaram a caminho do Além.
O SONHO DO BRASIL
Nos
finais do século dezanove e princípios do século vinte, BUJÕES, como muitas
povoações em redor e por toda a província transmontana, despovoou-se a caminho
do sonho brasileiro, em busca de uma vida melhor.
Assim que acabada a escravatura, aqueles
imensos campos onde se cultivavam a cana de açúcar, flores, café, frutas, em fazendas e outras culturas que absorviam
milhões de emigrantes de todo o Mundo, muitos
bujoenses verteram o seu suor e muitas vezes lágrimas de sangue porque a
prometida árvore das patacas não passou na maior parte dos casos de um sonho,
uma miragem.
Para
ali partiram também muitos membros da família Cardeal, a primeira das quais LUIZA
ALVES CARDEAL, minha avó, na companhia do marido ANTÓNIO BAPTISTA PAULA e
de sua filha Natividade, no longínquo ano de 1892.
Regressaram
cedo, porque não só a vida era dura, como também, por cá, a morte da mãe de
António, Lucrécia Moreira, que ficara com os netos, ainda
crianças, obrigou ao seu regresso, por aí terminando os seus sonhos.
Depois
disso, outros membros da família Cardeal embarcaram e engrossaram essa diáspora
sem fim, que ainda hoje persiste, com outros destinos, mas já não mais aquela
gente tão humilde e sofredora.
Lembramos,
aqui, aqueles que pelo seu esforço e sacrifício seguiram tal caminho, e alguns
deles conseguiram mesmo assinalável sucesso, nunca esquecendo Bujões nem a sua
família querida, nem mesmo o povo amigo da sua aldeia natal que levaram em excursões de autocarro a conhecer vários locais de Portugal.
1909 -
MANUEL CARDEAL
1913 -
ANTÓNIO DOS SANTOS CARDEAL
- Antónia Conceição Alves - esposa
- António dos Santos Cardeal (filho)
1916 -
ANTÓNIO DOS SANTOS CARDEAL
- Maria da Conceição (2ª esposa)
-
José (filho)
- Custódia (filha)
- José dos Santos Cardeal (filho)
- Ângela Alves Cardeal (filha)
1918 -
FILOMENA DOS SANTOS CARDEAL
- Maria Alzira Alves Messias (filha)
- Manuel Alves Messias (filho)
- Teresa Messias (filha)
1922 -
MANUEL DOS SANTOS CARDEAL
- Maria de Jesus (filha)
- Antónia dos Santos Cardeal (filha)
- José dos Santos Cardeal
(filho)
1928 -
ANTÓNIO AUGUSTO CARDEAL
JERÓNIMO, 2º filho de António Alves Cardeal e Ana Bernardina,
nasceu em Bujões em 27/1/1840 e aos 32 anos casou com LUISA DOS SANTOS, filha
de Gaspar do Carmo e Ana dos Santos, precisamente no dia 5 de Fevereiro de
1872, na Igreja de São Pedro de Abaças.
Do matrimónio entre Jerónimo
dos Santos Cardeal e Luísa dos Santos, nasceram os seguintes filhos:
MANUEL DOS SANTOS CARDEAL, nascido em 10/2/1875.ANTÓNIO DOS SANTOS CARDEAL, nascido em 28/4/1877
MARIA DOS SANTOS CARDEAL, nascida em 1878 e que casou no ano de 1900 com Diogo Barbosa.
SEBASTIÃO DOS SANTOS CARDEAL, nascido em 28/4/1879
FILOMENA DOS SANTOS CARDEAL, nascida em 3/11/1880
FILOMENA DOS SANTOS CARDEAL, nascida em 12/8/1882
Jerónimo, faleceu em 11/6/1884, com apenas 44 anos.
...
JOSÉ, conhecido por JOSE MARIA ALVES CARDEAL, o 4º filho de António Alves Cardeal e Ana Bernardina, nascido em Bujões em 11/4/1846, contraiu matrimónio com JOANA ALVES BARBOSA, filha de Francisco Alves, de Fontelo, e Rosa Barbosa, de Bujões, no dia 12/4/1877.
Deste matrimónio nasceram os seguintes filhos:
MARIA, nascida em 1878 e falecida em 1884
DELFINA ROSA, nascida em 10/9/1880 e falecida em 1884
TERESA, nascida em 23/2/1883 e falecida em 20/1/1953
ANTÓNIO, nascido em 1885 e falecido em 22/8/1886
MANUEL, nascido em 6/4/1889 e falecido em 16/4/1964
DELFINA DAS DORES, nascida em 16/4/1894, falecida em 2/11/1972.
SEBASTIÃO DOS SANTOS CARDEAL, nascido em 28/4/1879
FILOMENA DOS SANTOS CARDEAL, nascida em 3/11/1880
FILOMENA DOS SANTOS CARDEAL, nascida em 12/8/1882
Jerónimo, faleceu em 11/6/1884, com apenas 44 anos.
...
JOSÉ, conhecido por JOSE MARIA ALVES CARDEAL, o 4º filho de António Alves Cardeal e Ana Bernardina, nascido em Bujões em 11/4/1846, contraiu matrimónio com JOANA ALVES BARBOSA, filha de Francisco Alves, de Fontelo, e Rosa Barbosa, de Bujões, no dia 12/4/1877.
Deste matrimónio nasceram os seguintes filhos:
MARIA, nascida em 1878 e falecida em 1884
DELFINA ROSA, nascida em 10/9/1880 e falecida em 1884
TERESA, nascida em 23/2/1883 e falecida em 20/1/1953
ANTÓNIO, nascido em 1885 e falecido em 22/8/1886
MANUEL, nascido em 6/4/1889 e falecido em 16/4/1964
DELFINA DAS DORES, nascida em 16/4/1894, falecida em 2/11/1972.
SILVINA, de 25 dias de idade, pouco mais ou menos, faleceu em
Bujões. Tinha sido abandonada na RODA em Vila Real e entregue pela Comissão
Distrital ao casal Jerónimo Cardeal e Joana Barbosa. Apesar deste gesto tão
bonito, pois queriam transmitir o seu amor a uma das muitas crianças
abandonadas, a sorte não acompanhou o casal, nem a Silvina. Foi baptizada em 14/8/1884
e faleceu em 9 /9/1884.
...
LUÍSA
ALVES CARDEAL, a 7ª a nascer, no ano de 1855, do matrimónio entre António
Alves Cardeal e Ana Bernardina, conseguiu sobreviver naqueles anos de terríveis epidemias e viria a casar com António Baptista Paula, em
6/5/1880, de 21 anos de idade, filho de João Baptista Paula e Lucrécia Moreira.
E
ambos puseram mãos à obra e os filhos foram nascendo pela seguinte ordem:
MARIA DA CONCEIÇÃO, nascida em 2/5/1881
NATIVIDADE, nascida em 2/4/1883
MANUEL, nascido em 9/1/1886
FRANCISCA, nascida em 7/4/1888
ENGRÁCIA, nascida em 4/2/1890
JOÃO, nascido em 6/6/1895
MARIA AUGUSTA, nascida em 17/2/1898
JOSÉ, nascido em 26/3/1900
MANUEL, nascido em 9/1/1886
FRANCISCA, nascida em 7/4/1888
ENGRÁCIA, nascida em 4/2/1890
JOÃO, nascido em 6/6/1895
MARIA AUGUSTA, nascida em 17/2/1898
JOSÉ, nascido em 26/3/1900
Vários
destes filhos deixaram este mundo ainda crianças e um deles, JOÃO, viria a ficar cego, 9 meses após ter
nascido, tornando-se o mais conhecido de todos os irmãos e passou à história como o JOÃO
CEGO, de Bujões, meu saudoso PAI!
Todavia, por ironia do
destino, nenhum destes filhos de Luisa Alves Cardeal foi registado com o apelido da mãe, embora, por
vezes, fossem conhecidos e tratados com fazendo parte da familia Cardeal. Contudo, por estas bandas o apelido
extinguiu-se, com muita pena, mas o sangue tem o ADN do pioneiro António Alves Cardeal.
E uma questão pertinente pode ser colocada, por fim, perguntando: Então ainda existe mais gente de Bujões com o apelido CARDEAL?
Concerteza que existe. Mesmo que possa haver alguma falha na compilação destes dados, ainda assim não abordámos as três últimas gerações (os netos, bisnetos e trinetos de António Alves Cardeal e Ana Bernardina Barbosa). Alguns são ocasionalmente referidos, mas a esmagadora maioria não é fácil mencioná-los.
MANUEL DOS SANTOS CARDEAL, nasceu em Bujões em 10/2/1875, sendo filho de Jerónimo
Cardeal e Luísa dos Santos. Casou em 21/7/1898 com Angelina da Conceição, de 17 anos, filha
de Diogo Francisco e Ana Lopes. Angelina faleceu em 1921
e o óbito de Manuel ocorreu em 10/8/1960.
Foram
testemunhas de casamento – Manuel Botelho e António Paula (meu avô, que viria a
casar com Luísa Alves Cardeal)
MARIA
DE JESUS CARDEAL, nascida em 1906.
ANTÓNIA
DOS SANTOS CARDEAL, nascida em
1913
JOSÉ DOS SANTOS CARDEAL, nascido em 1918
JOSÉ DOS SANTOS CARDEAL, nascido em 1918
UMA VARANDA HISTÓRICA!
Era assim há muitos e muitos anos. Como tudo na vida, o novo se faz velho, mas as recordações, as vivências humanas, essas o tempo não apaga, porque a memória não morre.
Se olharmos atentamente para esta varanda é facil imaginar o rosto sereno e sorridente da Senhora Maria Cândida Comba Cardeal. É fácil vermos o seu marido - Domingos Augusto Cardeal - sentado na cadeira, fiel companheira do sofrimento e das amarguras da sua doença. E na roda da vida, idêntico destino coube à sua inesquecível esposa, Senhora Maria Cândida, tantos anos ali sentada, sempre afável e tranquila, conselheira de jovens e adultos.
Imagine-se, até, o corropio dos filhos, mulheres, netos e tantos e tantos familiares e amigos, que subiram aquelas escadas, ali defronte da velha amoreira que se ergueu encostada ao muro da Socarreira.
Dia de boda na casa Cardeal. Casamento de Assunção Móteo e João Cardeal |
Tantas e tantas fotografias, retratos antigos de um precioso espólio que esta varanda da familia Cardeal proporcionou e são hoje património de uma família e desta pequena aldeia, orgulhosa dos seus antepassados.
Mas por muito que louvemos e lembremos, nenhuma personagem marcou mais esta casa do que a Senhora Maria de Jesus Comba Cardeal, a sempre inesquecível Senhora Maria da Capela.
Era tal o seu empenho no arranjo da pequena Capela de Santo Amaro que, certamente, terá hoje lugar de destaque no paraíso dos eleitos de Deus. E como esquecer o seu entusiasmo e dedicação para que Bujões tivesse uma nova Capela, hoje orgulho de todos os bujoenses?
E o entusiasmo com que mobilizava as crianças para a catequese e os adultos para o Coro de Bujões, em cuja casa ensaiavam, sob a batuta de meu pai, também ele um Cardeal!
E as lindas flores que ela apanhava para colocar nos vasos de cada pedestal dos santos e no altar da Capela! Toalhas, paramentos, opas, tudo sempre lindo e lavado, purificado mesmo pelas mãos desta bujoense que não deverá nunca ser esquecida.
De certo, que quando se apresentou diante de Deus, lhe foi dado o destino que merecia- colher para Ele as mais lindas flores dos jardins que embelezam aquele lugar tão sonhado por todos os que acreditam no paraíso dos eleitos!
13 de Março de 2014
Fantástico. O meu pai também e Cardeal. Neto da Teresa Cardeal e do Abilio Messias. Muito interessante.
ResponderEliminarFilipa Santos
Olá Filipa Santos. Você é uma habitual leitora do blogue e por isso quero agradecer o seu comentário e dizer-lhe o seguinte. É impossível numa página destas colocar todos os descendentes da familia iniciada por Antonio Alves Cardeal e D. Ana Bernardina Barbosa e Sousa.
EliminarO seu pai é um Cardeal a 100% , como era meu pai e como seria eu, mas o apelido Cardeal não nos foi acrescido ao nome.
Teresa Cardeal, nascida em 23 de Fevereiro de 1883 era filha de José Maria Cardeal e Joana Barbosa e faleceu em 20 de Janeiro de 1953.
Acontece que quando ela casou em 16/12/1906 com Abilio Messias, filho de António Joaquim Messias e Engrácia Teresa Exposta, tinham ambos 23 anos, Em vez de usar o nome completo de Teresa Barbosa Cardeal, ela consta nos registos somente como Teresa Barbos e creio até que num registo como Maria Teresa Barbosa, ficando esquecido o Cardeal.
É curioso referir que as testemunhas do seu casmento foram António Cardeal, então ainda solteiro e Clotilde das Dores, também solteira, que é mãe do Dr. Germano Correia Botelho e Sr. Manuel Correia Botelho, hoje com 93 anos, os únicos filhos do 2º casamento com Manuel Pires Correia que ainda estão felizmente vivos.
Quer a sua avó, a saudosa tia Anunciação, quer a tia Maria da Esperança, que casou com Manuel Maria dos Santos Penalva, são as filhas mais conhecidas deste casat formado por Abilio Messias e Teresa Barbosa Cardeal. Para mim que sei que há inúmeros Cardeal com origem nesta familia muito especial de Bujões, sempre me seduziu tentar saber algo sobre uma CARDEAL que era filha de Manuel dos Santos Cardeal e Angelina da Conceição e que tinha um nome muito original e belo! FLORISSA CARDEAL, nascida em 5 de Junho de 1908. Ainda um dia hei-de conseguir algo mais sobre ela... mas a árvore completa é uma tarefa para outros... Cumprimentos e obrigado..
Gostei muito do texto e saber mais um pouco da minha família ! Somos cardeal tbm e somos muito , de origem nordestina e mantemos contato pelo brasil todos , somos muitos cardeal ainda juntos .
EliminarSou de Vilarinho e conheci algumas pessoas desta familia que eram pessoas respeitadas e educadas como poucos. Minha mãe falava muito da SEnhora de Bujões que tratava da Capela e ao ler esta história fiquei encantada que haja alguém que nos faça lembrar coisas do passado e dê muito valor às pessoas simples mas que fizeram coisas maravilhosas pela sua terra. Parabéns a este lindo blogue . M.S. Santos
ResponderEliminarExcelente trabalho de investigação, feito também com muito carinho familiar.
ResponderEliminarGosto muito da região do planalto de Jales. A minha família é de aldeia das freguesias de Vreia de Jales e de Alfarela de Jales.
Por isso e por ter alguma experiência de pesquisa em livros paroquiais posso assegurar-lhe que não existe nenhuma aldeia Borralha mas sim Barrela de Jales. A grafia antiga era Barrella de Jales. Isso e a caligrafia do Padre torna a interpretação difícil.
Parabéns por este excelente texto.
Victor João
Ao nosso leitor Sr. Victor João o meu obrigado não só pelo comentário como especialmente pelo facto de ajudar a esclarecer que o lugar da Borralla, como se deduz da leitura do registo paroquial, se trata, afinal,da aldeia de Barrela de Jales. Já emendei e até coloquei uma foto panorâmica dessa aldeia, que tem uma ponte romana feita certamente para facilitar o caminho até às minas... São estes os locais que fazem parte do percurso de vida dos antepassados que deram origem à família Cardeal, de Bujões, aldeia também ela, por outras razões,com fortes vestigios na sua história da presença romana. Obrigado e bem haja!
ResponderEliminarGostei muito desta história da familia Cardeal e dou os meus parabéns pela forma como se fala das pessoas e das suas qualidades. Parabéns
ResponderEliminarM.Graça
São Paulo
Adorei esta história meu sobrenome e cardeal, é gostei muito de saber tudo isto é meus dois sobrenome aparece o cardeal e o Augusto.
ResponderEliminarminha mãe é pernambucana de serra Talhada da família Cardeal
ResponderEliminarMeu nome é Maurício Alves Cardeal , moro em São Paulo- Brasil , tenho apenas informação que meu bisavô chama-se Guilherme Alves Cardeal, nascido no final do século XIX, será que temos algum grau de parentesco ? . Parabéns pelo trabalho !
ResponderEliminarOlá Maurício Alves Cardeal. Obrigado pelo seu comentário.O apelido Alves Cardeal tem raízes em vários pontos de Portugal e, certamente no Brasil. Seu bisavó Guilherme Alves Cardeal nasceu onde? Tem algum dado que relacione sua familia com Portugal? Se tem, mande todos os elementos para mim por email jvpaula@netcabo.pt . Tentarei ajudar a encontrar as suas origens... Um abraço JVpaula
EliminarVou investigar se consigo alguma documentação , obrigado !
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ResponderEliminarEncaminhei para seu e-mail as informações !
ResponderEliminar0 MEU AVÔ ERA ANSELMO CARDEAL PENSO QUE NASCEU UM LOUSA,PERTO
ResponderEliminarTORRES VEDRAS POR VOLTA DE 1820,CONSTITUIU FAMILIA EM SACAVEM TEVE MUITOS FILHOS ENTRE ELES BEATRIZ CARDEAL,LAURA CARDEAL,JUVENIO CARDEAL, MARIA CARDEAL E O MEU PAI JAIME VICENTE CARDEAL, QUE SERVIU O EXERCIT0 EM SACAVEM ONDE CONSTITUIU TAMBEM FAMILIA ONDE NASCEU A MINHA IRMÃ ELVIRA CAREAL E EU GABRIEL ANTONIO CARDEAL.TIVE DOIS FILHOS GABRIELA CARDEAL E JOÃO CARDEAL.
NÃO SEI SE PERTENCIAREI Á VOSSA FAMILIA, MAS DESDE RAPAZ QUE PROCURAVA CONHECER ALGUEM MAS SÓ AGORA COM AS NOVAS TECNOLOGIAS
CONSEGUI SABER QUE HÁ TANTA GENTE COM O MEU APELIDO.HOJE JÁ TENHO 80 ANOS, MAS O GOSTO DE SABER ALGO NÂO DIMINUIU_HOJE TENHO UMA SEGUNDA CASA NUM ALDEIA QUE PERTENCE A ESTREMOZ E QUAL NÂO FOI O MEU ESPANTO QUE UM DIA VI OUTRA ALDEIA DESTE CONCELHO QUE SE CHAMA CARDEAIS; JA LÀ FUI VER SE DESCOBRIA A CAUSA DO NOME OU SE HAVIA ALGUM HABITANTE COM ESSE APELIDO MAS NÂO CONCEGUI NENHUMA INFORMAÇÂO COMO AGORA TIVE CÁ O MEU FILHO QUE SABE MOVIMENTAR-SE NA INTERNET PEDI-LHE QUE TENTASSE SABER ALGO SOBRE O MEU NOME E EIS QUE ELE DESCOBRIU ESTA FAMILIA.GOSTARIA QUE FOSSE VERDADE QUE EU TIVESSE CONSEGUIDO SABER DOS MEU ANTEPASSADOS.EXISTE EM CASCAIS UM SENHORA QUE É ARTISTA DE TEATRO QUE USA O NOME DE MARIA CAREAL, NÃO SEI PERTENCE OU NÃO
QUERO AGRADECER Á PESSOA QUE SE DISPONIBILIZOU PARA FAZER ESTA RECOLHA E DESEJAR-LHE AS MAIORES FELICIDADE. GABRIEL CARDEAL
EU DULCE CARDEAL SOU MULHER DO GABRIEL,ELE É QUE É DESCENDENTE DOS CARDEAIS EU APAREÇO POR O E MAIL ESTAR EM MEU NOME.
ResponderEliminarMUITO OBRIGADA POR TUDO O QUE CONSEGUIRAM SABER .O MEU MARIDO VIVIA NUMA VONTADE SEM LIMITES DE SABER COMO TINHA ESTE APELIDO.
Parabéns por esse blog fiquei surpreso e muito feliz por ter visto aqui o nome do meu avô e minha avó meu tio e minha tia estou lisonjeado estou perplexo irradiante só tenho agradecer muito obrigado.
ResponderEliminareu não sei quem é pessoa, mas gostava de saber, não sei se o tal anselmo era da vossa familia.muito obrigada dulce cardeal
ResponderEliminarSou descendente dos cardeais e gostaria muito de encontrar pessoas da minha família em Portugal.
ResponderEliminarO nome do meu avô é Carlindo Cardeal de Miranda, filho de João Cardeal e neto de Galdino Cardeal.
Olá Louise Cardeal
EliminarNo mundo existem imensas familias com apelido Cardeal. Para tentar dar-lhe alguma orientação para a descoberta de eventuais familiares em Portugal é preciso saber o local de nascimento e data ou pelo menos o ano, desde que anterior a 1910, de um ou mais ascendentes seus. Se conseguir esse elemento mande para mim pelo email jvpaula@netcabo.pt Tentarei ajudar. Desculpe a demora na resposta.
Bom dia, meu nome é Adelson Santos Cardeal moro em Jequié, Bahia, Brasil.
ResponderEliminarTenho o sobrenome Cardeal, seria possível ser um decenddesce de ANTÓNIO ALVES CARDEAL.
Meu neme é Pâmela ingrid dos santos cardial
EliminarCaro Adelson Santos Cardeal
ResponderEliminarPara saber a sua ascendência quanto ao apelido Santos Cardeal, tem que começar por seus pais ( algum deles já tinha esse apelido? ou um era Santos e o outro Cardeal? ). Depois vai pesquisando seus pais ( onde nasceram) aí já fica a saber o nome de seus avós, e onde nasceram e por aí adiante até haver registros. As Igrejas católicas têm registos de baptismo, casamento e óbitos, e têm serviços próprios para obter certidões desses registros. Talvez cobrem algo por esse serviço. Existe também um sitio na Internet ( Family Search) que tem registos da Baía e de muitos locais do Brasil e que pode consultar livremente. Eu já verifiquei que não aparecem registos da cidade onde vive, mas o que lhe interessa é a Igreja onde foi baptizado, se acaso isso sucedeu. Depois é muita paciência e pode chegar a Portugal ( quem sabe?) Aqui temos registos desde 1620/1650 e são consultáveis via internet, mas para isso tem de saber o local de nascimento ( paróquia) e paciência para "pescar". Existem muitos Cardeais em vários locais de Portugal e muitos portugueses que emigraram para o Brasil e que são a raíz de muitos descendentes desses bonitos apelidos Santos e Cardeal . Qualquer dúvida fico ao dispor no meu email jvpaula@netcabo.pt
Cumprimentos
José Ventura Paula
sobe aos seus avós e por aí acima . Tanto o apelido Santos, como o apelido Cardeal são as raízes de imensos brasileiros e podem ter origem em Portugal. Para isso é preciso recorrer à paróquia onde foi batizado e começar a construir a sua árvore genealógica, descobrindo aos poucos os seus antepassados
Meu nome é Pâmela ingrid dos santos cardial
EliminarQUERIA SABER A ORIGEM DESSE MEU PARENTE SEBASTIÃO JACINTO CARDEAL. ELE MORAVA EM ILHA BELA.SAO PAULO. VIRAM DE PORTUGAL SEUS PAIS?
ResponderEliminarestou a procura de dona dita,maria de jesus cardeal
EliminarSou de Vitória-ES e o sobrenome começou como VENTURA CARDEAL, hoje somos somente CARDEAL e somos muitos no Espírito Santo.
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ResponderEliminarSei que minha família veio do Nordeste, só não sei de que Cidade.
ResponderEliminarOlá, tudo bem? Sabe dizer pra qual estado do Brasil o António Augusto Cardeal migrou?
ResponderEliminarConforme a Jacqueline pode analisar no documento (passaporte de então) emitido em nome de António Augusto Cardeal, filho de Domingos Augusto Cardeal e Maria Cândida Comba, nascido em Bujões em 6/3/1903, tinha 25 anos quando foi para o Rio de Janeiro ( o documento está no texto acima), onde consta que morreu solteiro não deixando descendentes. Todavia, veio inúmeras vezes passar longas temporadas a Bujões, em férias. Há outros Cardeal que constam por exemplo da página do blog "Os bujoenses que rumaram ao Brasil" e há inúmeras famílias em Portugal, Brasil e noutros países com o apelido Cardeal.
EliminarCumprimentos
JVPaula
PARABENS POR ESTA publicação faço parte deste sobrenome CARDEAL
ResponderEliminarMARCOS ANTONIO CARDEAL ABRAÇAO
Ola...sou bisneto de um Cardeal, vou requerer cidadania portuguesa e gostaria de saber mais sobre esse blog...tenho fotos de meus bisavos e posso envia-las!
ResponderEliminarOla...sou bisneto de um Cardeal, vou requerer cidadania portuguesa e gostaria de saber mais sobre esse blog...tenho fotos de meus bisavos e posso envia-las!
ResponderEliminarLegal... Sou neto de custodia. Foram para Sao Paulo junto c seu pai Antonio cardeal
ResponderEliminarA todos os amigos de apelido CARDEAL, como é o caso de Pedro e João Miguel, se são netos ou bisnetos de alguma das pessoas que fazem parte da família Cardeal, família esta que ainda tem continuadores na aldeia de Bujões-freguesia de Abaças, concelho de Vila Real,Portugal, não pode concluir que essa família se expandiu pelo mundo inteiro. Há milhares de outras famílias com o apelido CARDEAL em vários locais de Portugal, de Espanha, de Itália, do Brasil e outros países. Quem tiver a certeza que é CARDEAL com origem em Bujões ( pais, avós, bisavós, trisavós, tetravós, etc,) só tem que pesquisar no Arquivo Distrital de Vila Real - Documentação, Paroquiais, Paroquia de Abaças, e desde 1593 até 1910, ou mais, encontra nascimentos, casamentos e óbitos, de todos os que ali tiveram origem. Se não conseguir, mande mensagem para mim para jvpaula@netcabo.pt que eu ajudo. Todos os netos de portugueses têm direito à nacionalidade portuguesa, desde que comprovem essa ligação familiar. Coisa fácil. Um abraço para todos e obrigado por serem Cardeais, não como os de Roma, mas como os de Bujões ou outro lado qualquer. Eu, por exemplo, tenho como minha avó paterna Luísa Alves Cardeal e meu pai,filho dela, acabou ficando Paula e eu também. Todos esses bujoenses, quer sejam Cardeal, quer sejam Paula, Comba, Barbosa, Botelho, Oliveira,Araujo, etc etc, merecem todo o respeito por serem eles quem contribuiram há muitos e muitos anos para que, também nós, tivessemos vindo conhecer este mundo. Mesmo com esta pandemia de COVID valeu apena visitar o planeta Terra e muito mais conhecer a antiga "cidade" de Bujões com os seus 200 habitantes, mais ou menos.Um prédio daqueles do centro de S. Paulo dava para cabermos todos!
ResponderEliminarMeu tataravo foi Galdino Cardeal da Costa, se não engano eram 14 irmãos, veio para cidade de Arari,hoje Itamogi MG. A Família Cardeal é a maior da cidade de Itamogi , São Sebastião do Paraíso, Monte Santo de Minas.
ResponderEliminarOlá sou Heladio Siqueira Cardeal,filho de Hamilton Sant'Anna Cardeal e Maira Izabel Siqueira e aqui no sertão de Alagoas tem muitos Cardeal e tenho esse sobrenome TB e gosto dessas história.....QR agradecer a TDS q fazem parte dos cardeal !!!
ResponderEliminarMaura Izabel Siqueira....corrigindo.
ResponderEliminarMeu nome é clemilde Alves Cardeal agora casada adotei de Jesus meu pai se chama cardeal filho do Piauí legal gostei muito do documentário, mais não conheço meu pai nem eu nem meus irmãos também não o connhce. O nome dos meus irmãos é Clemilton Alves Cardeal e Edgar Alves Cardeal.
ResponderEliminarMinha mãe foi casada com meu pai separou ainda eramos pequenos não lembramos de nada dessa época ,minha mãe se chama Izaura Alves Cardeal por ser csada com ele.
Mais o alves é da parte de minha vó materna, afinal gostaria muito de encontrar meu pai pode me ajudar.
Muito legal saber a origem do nome cardeal
ResponderEliminarNao tenho cardeal no nome mas acho minha mae e eu muito parecidas a d, maria cardeal e segundo calendário Maia pertenço a a familia cardeal
ResponderEliminarJá á muito tempo que eu queria descobrir as minhas origens o meu nome é Filipe Manuel Figueiredo Da Silva Cardeal e por isso quero deixar aqui o meu agradecimento...
ResponderEliminarMuito obrigado!
Nasci em Portugal e vivo no distrito de Lisboa!
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