Ao analisarmos o modo como a família que tem como apelido BOTELHO, chegou e se expandiu em Bujões e daqui para outras e longínquas paragens, ficará plenamente demonstrado que no percurso desse caminho de anos e anos, acabou por se erguer viçosa e pujante uma árvore genealógica com inúmeros personagens, alguns deles com um percurso de vida tão distinto e marcante que não deixará de surpreender mesmo os mais indiferentes aos acontecimentos ocorridos no passado, ligando os vários antepassados que a corporizaram, através de ligações naturais ou mesmo fortuitas que ditaram o destino de cada um desde o pequeno mundo rural de uma aldeia onde nasceram ou cresceram, ou na grandeza da cidade ou dos novos mundos em que alguns se notabilizaram.
Com efeito, no meio de vidas perfeitamente simples e quase despercebidas na sua passagem terrena, logo aparecem muitas outras que, mesmo decorridos tantos anos, deixam em evidencia memórias de percursos singulares dignos de ficarem registados para sempre, nem que seja na singeleza deste blogue.
De facto, a partir do momento em que todos nascemos e surgimos neste mundo, é indesmentível que em cada ser humano que se apresenta para iniciar o seu caminho, há sempre a moldar-lhe os sentimentos a natureza do seu próprio carácter e personalidade, características essas tão distintas e diferenciadas quanto mais não seja porque sofrem em maior ou menor grau a influência dos diversos fatores resultantes de cada caminhada terrena.
E os avanços do mundo, a ambição de progresso que a todos motivou e motiva, sem dúvida que deixaram marca indelével na família Botelho, de Bujões, na qual existem exemplos claros de personagens que superaram com vigor dificuldades imensas e se apresentaram como lídimos representantes de gentes que não se retraíram perante as dificuldades que a cada um de eles se depararam no preciso momento em que se tornou necessário avançar para outros desafios, modificando o destino de pobreza que parecia irreversível.
Em louvor da sua aldeia natal, ou por nela terem encontrado acolhimento ou porto de saída para outros mundos e outras vidas, saudemos todos os ramos dos Botelho de Bujões, porque, afinal, todos eles contribuíram para tornar mais pujante a copa da sua árvore, dando aso a que nela se revejam famílias de diversas raízes, com tronco comum em duas mulheres solteiras, irmãs, ambas da família dos Barbosa, e que embora tenham partido há muitos anos, ainda hoje do seu contributo continua a circular a seiva que alimenta e floresce não somente uma só árvore isolada, mas sim uma floresta que persegue o seu caminho de crescimento por muitas e variadas paragens, sobretudo no longínquo Brasil.
Olhemos, em seguida, ao que nos diz a história, porque para chegarmos aos Botelho, primeiro temos que saudar aqueles que se entrecruzaram com eles nesse caminho de construção de vidas, quer no inicio do percurso, quer no entrelaçar de paixões, ou mesmo nos casos fortuitos de aglutinação de nomes, e esses são essa outra família numerosa e presente na aldeia há mais de 500 anos - os Barbosa.
Numa página deste blogue, dedicada a essa família, já referimos que há um ramo da mesma cujas origens antigas remontam à cidade do Porto e que teve continuidade em Bujões quando, em 4/11/1618, (reinava em Portugal Filipe II, 3º de Espanha) se realizou o casamento de Joseph Rodrigues Barbosa, daquela cidade, com Maria Pereira, da nossa aldeia. Entretanto, foi o pai de Joseph (José) Rodrigues Barbosa, de nome Gonçalo Roiz (Rodrigues) Barbosa, quem fundou a Capela de Nossa Senhora da Conceição, que se situava no local onde hoje é o Largo do seixo, devorada pelas consequências de um processo judicial e de partilhas que colocou fim ao prestígio poderoso dessa família.
Quanto aos Botelho, também existem provas documentais antigas de bujoenses com esse apelido, como é o caso deste casamento de 1711, cujo registo paroquial aqui deixamos e onde fica confirmada a existência de uma Barbosa na condição de sogra da noiva! Esta também tinha o apelido de Botelha por ser usual, à época, atribuírem em alguns casos, o nome feminino dos apelidos.
BUJÕES 1711 -
Aos 15 dias do mês de Janeiro de 1711, casamento de um BOTELHO ( Joseph Ferreira Botelho), filho legítimo de Joam Figueiredo e de sua mulher Maria Pereira Barbosa, do
lugar de Bujões, com Maria Lianor Botelha da Fonsequa, filha legítima de Manuel
Ribeiro de Figueiredo e de sua mulher Maria Botelha da Fonsequa, da freguesia
de S. Dionísio de Vila Real.
Nota: Alguns apelidos deixam dúvidas.
Joseph corresponde atualmente a José, assim como Joam, a João. Lianor significa Leonor. Botelha era uso
escrever-se o apelido feminino, neste caso de Botelho. Fonsequa corresponde a Fonseca.
Apesar deste personagem Botelho ter existido em Bujões há muitos anos atrás, não é nosso propósito proceder à pesquisa das gerações anteriores ou seguintes dessas famílias, sendo certo que tais apelidos não vingaram, nem deixaram história. Até a quinta do Fojo ou as Quartas tiveram outros Botelho que cuidavam das suas terras há seculos atrás, mas as sua raízes e descendentes cedo se extinguiram ou foram aglutinados por outros apelidos. E não se poderá esquecer também que o primeiro emigrante de Bujões, registado no ano de 1864, em pedido de passaporte para o Brasil, foi António Joaquim BOTELHO, nascido em 31 de Janeiro de 1838, filho de António Botelho de São Payo e de Dona Ana da Silva Barbosa.
E se quisermos aguçar a nossa curiosidade, poder-se-á acrescentar que aquele emigrante tinha sido batizado precisamente por um padre de Bujões, António Joaquim Vicente, filho de outro padre de Bujões, de nome Joaquim José da Silva Barbosa!
Ou seja, Barbosas e Botelhos, sempre lado a lado, ligados por laços familiares ou de amizade que irão perdurar!
Vejamos, então, como tudo começou e como os mais recentes Botelhos cimentaram o seu caminho nesta pequena aldeia de Bujões, após vicissitudes várias entre as quais, no início, como já dissemos, a estreita ligação aos Barbosa, e a interligação com a cidade de Vila Real e com a nobre família dos LUCENA, através da vila-realense Donna Anna Bárbara Narciza Botelho de Queiroz e Melo de Lucena.
Eis a história, eis os documentos principais, eis os personagens e seus destaques:
POR VOLTA DO ANO DE 1700
LUÍS DA SILVA BARBOSA, de Vila Real, e ROSA MARIA DE S. BENTO, de Vila Seca de Poiares, casados, tiveram descendentes, entre os quais um filho a quem deram o nome de LUÍS DA SILVA BARBOSA, exatamente o mesmo nome do pai.
Por sua vez, GASPAR FERREIRA e PAULA BORGES, casados, ambos de Vila Real, tiveram vários descendentes, entre os quais uma filha a quem deram o nome de TERESA CAETANA BORGES FERREIRA.
Entretanto, aos oito de Março de 1719, LUIS DA SILVA BARBOSA, capitão do exército, casou com TERESA CAETANA BORGES FERREIRA e tiveram filhos entre os quais JOAQUIM JOSÉ DA SILVA BARBOSA E SOUSA, nascido em Bujões em 25 de Janeiro de 1740, e batizado na Igreja de S. Pedro, em Abaças.
Registo de batismo de Joaquim José da Silva Barbosa e Sousa. Foi celebrante o pároco da Igreja de São Pedro de Abaças, o Padre Domingos Moreira, natural de Bujões. |
Em 28 de Janeiro de 1774, JOAQUIM JOSÉ DA SILVA DE BARBOSA E SOUSA, este seu nome completo, foi nomeado Cavaleiro da Ordem de Cristo, conforme consta do volumoso processo de inquirição levado a efeito, de que juntamos em seguida a página principal. De referir que já consta deste blogue uma página, sob o título O CAVALEIRO DA ORDEM DE CRISTO, sobre este mesmo personagem.
Primeira página do volumoso processo de inquirição visando a nomeação a Cavaleiro da Ordem de Cristo de Joaquim José da Silva de Barbosa e Sousa. |
AS PRIMEIRAS RAÍZES -BOTELHO E BARBOSA
Em 18 de Março de 1775, na Igreja de São Pedro, de Vila Real, celebrou-se o casamento de JOAQUIM JOSÉ DA SILVA BARBOSA E SOUSA com ANA BÁRBARA NARCIZA BOTELHO DE QUEIROZ E MELO DE LUCENA, filha de Inácio Botelho de Lucena e Dona Luísa Bernarda Pereira Pinto de Melo, moradores na Rua das Pedrinhas daquela cidade, ali bem cerca da Igreja.
IGREJA DE S.PEDRO, em Vila Real, onde decorreu o casamento. |
OS FILHOS DE JOAQUIM E ANNA
Muito embora tenham sido pais de vários filhos, apenas iremos considerar alguns factos respeitantes à vida de dois desses descendentes por virtude de pelo menos um deles ter contribuído para o destaque do apelido Botelho, em Bujões, em detrimento dos restantes apelidos que acabaram por ficar "esquecidos", designadamente aquele que estava mais ligado ao ramo dos membros da nobreza da época- os LUCENA- e que fazia parte do nome de Dona Anna Bárbara, usado também pelo primeiro filho, mas que o 2º filho, Ignácio, utilizando apenas os apelidos do pai, acabaria por propiciar aos seus descendentes a formação de outros nomes menos pomposos e mais ao jeito da aldeia humilde onde viviam.
1 - ANTÓNIO BOTELHO DE LUCENA
No registo de batismo, consta que nasceu em 14 de Outubro de 1775, decorridos sete meses após o casamento dos pais, sendo curioso que o mesmo foi batizado em Bujões, conforme transcrição do registo paroquial que passamos a transcrever:
" António, filho legítimo de Joaquim José Silva de Barbosa e Sousa e de sua mulher D. Ana Bárbara Narcisa Botelho de Lucena, da freguesia de São Pedro de Vila Real, comarca do mesmo arcebispado primaz, neto pela parte paterna de Luís da Silva de Barbosa e de sua mulher Teresa Caetana Borges da freguesia de São Dionísio de Vila Real, pela materna de Inácio Botelho de Lucena da freguesia de São Pedro de Vila Real e de sua mulher Dona Luísa Leonarda Pereira de Melo, da freguesia de São Faustino do Peso da Régua, bispado do Porto, nasceu aos catorze dias do mês de Outubro de mil setecentos e setenta e cinco anos e foi solenemente batizado pelo padre José S. R. Botelho, de Vila Real, na capela de Nossa Senhora do Carmo do lugar de Bujões, freguesia de São Pedro de Abaças, por decreto de sua Alteza Real o Sereníssimo Senhor Dom Gaspar, Arcebispo e Senhor de Braga, primaz, pela petição que lhe fez o pai do batizado cujo teor é o seguinte:"
"Diz Joaquim José Silva de Barbosa e Sousa cavaleiro professo na Ordem de Cristo assistente na sua quinta de Bujões, freguesia de Abaças, comarca de Vila Real, que felicitando-o a Divina Providência concedendo-lhe um filho legítimo de sua mulher D. Ana Bárbara Narcisa Botelho de Lucena não pode o suplicante comodamente fazer celebrar o batismo do dito menino na Igreja matriz da dita freguesia por ficar distante um quarto de légua e muito mau caminho e porque o suplicante tem a sua Capela de Nossa Senhora do Carmo com toda a decência e mística às casas da dita sua Quinta. Pede a Vossa Alteza Real se digne conceder-lhe licença para batizar na dita sua Capela atendendo à distância da freguesia, salvos os direitos paroquiais ..."
Nota: A licença foi concedida e o batismo celebrado em 21 de Outubro de 1775, sendo oficiantes o Padre José Botelho e o abade de Abaças, natural de Bujões, Padre Domingos Moreira.
Foram testemunhas, entre muitos outros que presentes estavam: António Botelho Correia de Queiroz Pimentel, Neutel Correia de Mesquita Pimentel e o padrinho António Botelho de Lucena, solteiro, filho de Inácio Botelho de Lucena, tio da criança batizada e irmão da mãe.
Registo paroquial de António Botelho de Lucena. Batizado em Bujões. Nasceu aos 14 dias de Outubro de 1775 |
Nota: Apoplexia:
Afeção cerebral que surge inesperadamente, acompanhada de privação do uso dos sentidos e ou de suspensão do movimento; por outras palavras, serve de designação genérica das afeções produzidas pela formação rápida de um derrame sanguíneo ou acidente oclusivo no interior de um órgão.
Por fim, apenas interessa destacar que o nascimento do primeiro filho de Joaquim José da Silva de Barbosa e Sousa e de Ana Bárbara Narcisa Botelho de Queiroz e Melo de Lucena, o qual veio a falecer aos 44 anos, permitiu confirmar algumas situações curiosas:
Primeiro: que não foi registado com qualquer apelido do pai, sendo referenciado apenas com dois apelidos da mãe- Botelho e Lucena.
Segundo: que para ser batizado em Bujões foi necessária uma petição do pai dirigida a hierarquia superior da Igreja, em Braga, para não afetar os direitos da Igreja de Abaças que tinha o exclusivo da realização de cerimónias de batismo e casamento de naturais das outras localidades que faziam parte da freguesia.
Terceiro: O António Botelho de Lucena foi batizado por um Padre de Vila Real e outro de Bujões, abade Domingos Moreira, que era pároco da Igreja de São Pedro em Abaças. Quando faleceu foi acompanhado pelo padre João Lopes, que também era natural de Bujões.
Quarto: que os caminhos de Bujões para Abaças sempre foram péssimos, e assim se mantiveram por centenas de anos, bastando lembrar as dificuldades para transportar os mortos de Bujões, sobretudo no inverno. E que dizer se imaginarmos as comitivas que se deslocavam aos batizados e casamentos quando deparavam com mau tempo ( neve e chuva) e terem de percorrer aqueles caminhos estreitos e enlameados que nos distanciavam da freguesia e da Igreja de S. Pedro.
Quinto: que a Capela de Nossa Senhora do Carmo, referida na sua certidão de batismo, tinha sido autorizada com o nome de Capela de Nossa Senhora da Conceição, mas essa troca de nome de Nossa Senhora não tem importância porque Ela pode ter muitos nomes mas é sempre a mesma.
2 - IGNÁCIO BOTELHO DA SILVA DE BARBOSA E SOUSA
Em 9 de Dezembro de 1776, nasceu em Vila Real, sendo batizado no dia dezasseis desse mês, na Igreja de São Pedro, IGNACIO, filho legítimo de Joachim José de Barboza da Silva e Souza e de sua mulher Donna Anna Bárbara Narciza Botelho de Queiroz e Melo, neto paterno de Luiz da Silva Barboza e de sua mulher Theresa Caettana, e neto materno de Ignácio Botelho de Lucena e de sua mulher Donna Luiza Bernarda. Foi batizado solenemente pelo padre José Botelho Monteiro de Lucena, sendo seu padrinho Ignácio Botelho de Lucena, avô paterno, e madrinha, por vocação de seus pais, Nossa Senhora do Carmo.
Analisando diversos factos da vida de Ignácio Botelho da Silva de Barboza e Sousa, que tal como o pai e o avô paterno era escrivão da Câmara Municipal de Vila Real, existem diversos indícios que permitem concluir que este peculiar personagem era propenso a uma vida de diversão e prazer, tendo diversos filhos de uma paixão com Anna Bernardina Filgueiras. Contudo, só assumiu a paternidade, através do casamento, diversos anos mais tarde e forçado pelas circunstâncias.
Com efeito, consta do registo paroquial do casamento realizado em 22/7/1822, "que tendo em consideração informações e para evitar escândalos, o casamento foi autorizado". Tratava-se, afinal, de regularizar uma situação que tinha a ver com o facto de já haver vários filhos, uns batizados na Igreja de S. Pedro em Vila Real e outros nascidos em Bujões e batizados na Igreja de S. Pedro, em Abaças, e não só. Vejamos como foi:
OS FILHOS DE IGNÁCIO E ANNA
I - MARIA DO CARMO BOTELHO BARBOSA
II - ANTÓNIO BOTELHO BARBOSA
III - ANNA BERNARDINA BOTELHO BARBOSA E SOUSA
ANNA BERNARDINA BOTELHO BARBOSA E SOUSA, viria a casar com ANTÓNIO ALVES CARDEAL e expandiram, em Bujões, onde residiam, a conhecida família CARDEAL, pois foram pais de diversos filhos.
Já publicámos uma página sobre esta família a que também pertencemos uma vez que a minha avó paterna -Luísa Alves Cardeal- era filha deste casal.
IV - ANTÓNIO BOTELHO BARBOSA
V- JOÃO BOTELHO DA SILVA BARBOSA E SOUSA
MARIANNA, filha natural de Anna Bernardina, nasceu em 25 de Novembro de 1820. Foi batizada na Igreja de S. Pedro, em Vila Real. Padrinhos: José Correia Mourão e Dona Maria Narciza do Carmo. |
VIII - VICENTE BOTELHO DA SILVA BARBOSA que usava também o nome de VICENTE BOTELHO DE LUCENA
LEONOR, filha legitima de Ignácio Botelho da Silva de Barbosa e Sousa e Dona Anna Bernardina, batizada na Igreja de São Martinho de Mateus em 26 de Março de 1823. |
O PRIMEIRO BOTELHO DE BUJÕES
E no dia 2 de Outubro de 1848 nasceu o primeiro bujoense com o apelido único de BOTELHO! Seu nome próprio VICENTE.
Vejamos como :
Cândida do Nascimento Barbosa que também usava o nome de Cândida Narciza Barbosa, acima referida como filha de Ignácio e Anna Bernardina, a 6ª a nascer dos dez filhos daquele casal, foi mãe solteira de VICENTE, nascido aos 2/10/1848, passando este a usar o nome de VICENTE BOTELHO. Finalmente, após tantos anos com os dois apelidos juntos, ou com Barbosa sozinho, e por vezes com outros à mistura, aparece um Botelho sem companhia no apelido. Só!!!
VICENTE, que viria a usar o nome de VICENTE BOTELHO, filho natural de Cândida Narcisa, que foi batizada com o nome de Cândida do Nascimento, neto paterno de Ignácio Botelho da Silva Barbosa e Dona Ana Bernardina, nasceu em Bujões aos dois dias do mês de Outubro de mil oitocentos e quarenta e oito.
VICENTE BOTELHO dará origem a um ramo da família BOTELHO, da seguinte forma:
4/8/1870- Casou em Bujões com Delfina Comba e viriam a ser pais de diversos filhos que usavam o apelido Botelho.
Registo de casamento de Vicente Botelho e Delfina Comba, realizado em Bujões em 4/8/1870, sendo testemunhas o Reverendo Padre Domingos Ribeiro de Araújo e António Botelho Moutinho. |
FILHOS DE VICENTE E DELFINA
I - FRANCISCO BOTELHO, nasceu em Bujões em 12/4/1875.
Casou com Isabel de Oliveira em 29/7/1897.
Foram pais de SILVINA DA CONCEIÇÃO BOTELHO que nasceu em 22/2/1905. Esta casou com Álvaro Pires, em 3 de Junho de 1942, e tiveram um filho de nome EZEQUIEL BOTELHO PIRES.
Este blogue já se referiu ao EZEQUIEL na página RETRATOS DA NOSSA ALDEIA-GENTE INESQUECÍVEL.
Tiveram pelo menos outro filho, de nome DOMINGOS BOTELHO, nascido em Bujões em 9 de Maio de 1901, que casou com Maria Amélia, de Poiares, falecida em Bujões em 15/8/1962. Desconhecemos se, deste casal, também nasceram filhos e se usavam Botelho como apelido.
II - DOMINGOS BOTELHO, nasceu em Bujões em 10/12/1876.
Casou em 2 de Dezembro de 1900 com Maria Luísa da Conceição.
III - MARIA BOTELHO, nasceu em Bujões em 5/6/1879
IV - JOÃO BOTELHO, nasceu em Bujões em 4/6/1881
DOMINGOS COMBA BOTELHO, nasceu em Bujões a 16/12/1905
CÉSAR, filho natural de Antónia Alves Abelha, faleceu em 28 de Novembro de 1898, com 44 dias de idade. |
OS FILHOS DE VICENTE e ANTÓNIA
O primeiro filho de Vicente Botelho e Antónia Alves Abelha nasceu em 10 de Julho de 1900 e faleceu em 22 de Fevereiro de 1902. |
JOAQUIM BOTELHO, nascido em Bujões em 10/4/1905
Joaquim Botelho faleceu em 28/11/1958 no Rio de Janeiro, e ainda existem muitos bujoenses que se lembram da tia Zulmira e dos seus filhos - o MANUEL BOTELHO, um grande amigo que faleceu em Curitiba-Brasil e o seu irmão JOSÉ BOTELHO (Zé Russo) que faleceu em S. Paulo-Brasil. Sabemos que ambos tiveram descendentes e que vivem no Brasil, mas desconhecemos seus nomes e apelidos.
ZULMIRA BOTELHO E SILVINA BOTELHO, ambas filhas de Vicente Botelho e Antónia Alves Abelha, nasceram em Bujões, a última delas, Silvina, quando o pai já tinha 62 anos.
Ambas casaram e foram viver para outras paragens. Desconhecemos se tiveram descendentes.
OS FILHOS DE MARIA DO CARMO BOTELHO BARBOSA
MANUEL, nascido em 20/3/1854. Faleceu em 7/8/1856.
MANUEL, filho natural de Dona Maria do Carmo, neto paterno de Ignácio Botelho e de Dona Anna Bernardina, nasceu em 20/3/1854. Faleceu em 7/8/1856. |
MANUEL BOTELHO, nascido em
13/4/1857
JOSÉ, nasceu em 19/5/1859. Faleceu com 14 meses, em 10/9/1860.
JOSÉ, filho natural de Donna Maria do Carmo do lugar de Bujões, neto materno de Ignácio Botelho e Donna Bernardina de Vila Real, nasceu aos dezanove dias do mês de Maio de 1859. Faleceu 14 meses depois.
O CASAMENTO DE MANUEL BOTELHO
Aos vinte e um dias do mês de Agosto de 1879, tendo como padrinhos (testemunhas) os amigos António Lopes Messias e José Júlio de Araújo Vilela, celebrou-se em Bujões o
casamento de Manuel Botelho e Rita de Jesus, que também aparece com o nome de Rita do Carmo e Rita de Jesus Cerdeira:
OS FILHOS DE MANUEL BOTELHO e RITA DE JESUS
No auto de declaração de inventário quando da morte de Rita de Jesus
Cerdeira, em 27 de Junho de 1924 (o apelido de Cerdeira tinha a ver com o facto
de ela ser natural de Cerdeira- Vreia de Jales), apenas eram vivos nove dos onze filhos do casal:
DAVID BOTELHO, nasceu em
11/8/1880
CLOTILDE, nasceu em 7/2/1882. Faleceu em
15/11/1883
MARIA DO CARMO, nasceu em 12/12/1883
VICENTE BOTELHO, nasceu em 12/12/1885
CLOTILDE DAS DORES, nasceu em 4/8/1888
CARLOS, nasceu em 26/6/1890. Faleceu em 22/8/1890
CÂNDIDA DO CARMO, nasceu em 12/7/1891
GERMANO, nasceu em 29/3/1894
JAIME, nasceu em 9/1/1896
JOAQUIM DOS SANTOS BOTELHO, nasceu em 12/4/1898
FRANCELINA, nasceu em 11/8/1903
Aldeia de Cerdeira (Vreia de Jales) e os famosos canastros. |
JOSÉ CORREIA BOTELHO, casou com Natália da Conceição dos Santos Cigarro.
GERMANO CORREIA BOTELHO, casou com Maryse Dejardin.
5) CÂNDIDA
DO CARMO BOTELHO – casou com Columbano Barbosa, tendo este falecido em
30 de Maio de 1933. Tiveram os seguintes filhos:
JOAQUIM BARBOSA BOTELHO, casado com Alcina Esteves.
VICENTE BOTELHO BARBOSA
MARIA DAS DORES BOTELHO BARBOSA, casou com Messias Alves dos Santos.
MANUEL BARBOSA BOTELHO, casou com Maria do Céu da Silva
ISABEL BOTELHO BARBOSA
JORGE BOTELHO BARBOSA
FERNANDA MARIA BOTELHO BARBOSA, nascida em 9/5/1932. Casou com Hipólito Madeira dos Santos.
6) GERMANO BOTELHO, casado com Elisa Botelho.
7) JAIME DOS SANTOS BOTELHO, casado com Maria da Luz Botelho.
9) FRANCELINA BOTELHO, casada com Manuel
Maria dos Santos, residentes no lugar de Bujões.
E quantos Botelhos, Barbosas e outros apelidos resultaram deste conjunto
de ligações e a quantas irão assistir-se no futuro?
E quantos romances, quantos dramas, quantos momentos de alegria e felicidade, quanta tristeza e deceção não encontraríamos nós se fosse possível conhecer em pormenor um pouco da vida de todos os bujoenses do passado e do presente, mesmo que apenas cingidos aos BOTELHO?
Quantas mais árvores irão ser necessárias para que os seus ramos sejam suficientes para acolher cada BOTELHO com raízes em Bujões?
Albino BOTELHO
Albino BOTELHO dos Santos
António BOTELHO de São Payo
António dos Santos BOTELHO
Artur dos Santos BOTELHO
Clotilde Correia BOTELHO
Edmundo dos Santos BOTELHO
Filomena dos Santos BOTELHO
Henrique BOTELHO dos Santos
Horácio BOTELHO
Ilídio BOTELHO
Joaquim Tomás BOTELHO
José Correia BOTELHO
José Orlando BOTELHO
Lourdes dos Santos BOTELHO
Luísa do Carmo BOTELHO
Laurinda BOTELHO dos Santos
Leonor BOTELHO dos Santos
Lucília BOTELHO dos Santos
Lucinda da Piedade BOTELHO dos Santos
Manuel BOTELHO dos Santos
Manuel Cigarro BOTELHO
Manuel Grillo Correia BOTELHO
Margarida Maria BOTELHO Madeira
Maria Adelaide Correia BOTELHO
Maria Cândida BOTELHO dos Santos
Maria da Glória Correia BOTELHO de Santis
Maria Helena Oliveira BOTELHO
Maria Isabel BOTELHO Madeira
Maria da Luz BOTELHO
Maria Neusa Correia BOTELHO
Mário Gaspar BOTELHO Comba
Noémia BOTELHO Comba
Noémia BOTELHO dos Santos
Palmira dos Santos BOTELHO
Raul BOTELHO dos Santos
Ruth Maria Correia BOTELHO
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