TIA MICAS - UMA MULHER DOS DIABOS!




MARIA AMÉLIA PIRES nasceu em Bujões em 16 de Outubro de 1911, filha natural de Maria Cândida Pires, de 32 anos.
Maria Amélia desde jovem que  demonstrou a sua irrequietude e impertinência, sem papas na língua, traços invulgares para quem, simultaneamente, exibia em pequenos e grandes gestos a sua natureza de mulher profundamente humana, ainda hoje recordada por velhos e novos que a conheceram e que dela guardam a imagem de uma personagem incontornável da nossa aldeia.
E porque ela nasceu para ser simples e humilde, popular em tudo o que fazia,  muito embora o seu  nome de Maria Amélia  fosse igual ao da última rainha de Portugal, exilada um ano antes dela nascer, nada mais ajustado que o nome  porque passou à história ... o de MICAS ... tia MICAS! Também ela uma rainha, sem trono, é verdade, mas sempre famosa e acarinhada pelo povo da sua aldeia natal.


                Registo de batismo de Maria Amélia Pires, em 16/10/1911.
              Consta, igualmente, o averbamento do óbito em 13 de Setembro de 1987.


Registo de batismo de  Maria Cândida Pires, mãe da tia Micas, nascida em Bujões em 15/1/1879. Viria a casar em 20 de Setembro de 1919,  com Adelino Lopes Novo, de Poiares, tinha Maria Amélia 8 anos. Maria Cândida Pires era filha de António Augusto Simões, de Covas do Douro, carpinteiro de profissão, e de Maria Pires, jornaleira, de Bujões.Faleceu em Poiares no dia 16/11/1972.



UMA CELEBRIDADE
Tão célebre se tornou a tia MICAS, tanta alegria carregava naquele seu corpo esguio, magro e desajeitado, que ainda hoje a imaginamos debruçada no postigo por cima daquela casa minúscula  com entrada pelo quelho do bairro, mas com vista para o largo do Seixo,  sempre pronta a espalhar pelos ares mais umas carvalhadas daquelas que a tornaram, também nesse ponto, uma celebridade.
MULHER sempre disponível para ajudar, fosse no que fosse, o que mais se destacou foi a sua faceta de assistente nos partos, mesmo sem saber ler nem escrever, ajudando a nascer inúmeros bujoenses, cortando o cordão umbilical e animando as mães com as suas tiradas picantes: ela era a primeira a dizer se era rapaz ou rapariga, e logo anunciava : " este tem os coisos bem redondos e no sítio. Ainda vou ser eu a estreá-lo, quando for grande". As mães riam-se e pediam " Oh tia Micas não me faça rir, que ainda estou cheia de dores!" Mas ela era assim mesmo e não consta que se tivesse enganado no trabalho, havendo mães que tiveram vários filhos sempre com ela presente. E era assim, com mãos semelhantes a estas, que a tia MICAS acarinhava os bujoenses que ajudava a nascer.
 
As mãos calejadas da tia Micas eram as primeiras a acariciar os bujoenses.

 
De facto, a tia Micas era a alegria em pessoa e sempre pronta para responder a quem quisesse afrontá-la, ficando célebres algumas histórias em que foi interveniente, como estes exemplos que a seguir relatamos: 
Um dia, meteu-se com ela um grupo de raparigas, chamando-lhe velha: a tia Micas logo respondeu:
" Raparigas, olhai que uma mulher nunca é velha da barriga para baixo! Tomara que fosseis tão novas como eu sou e sempre prontinha para me consolar. Não passais de umas sardoniscas!"
Outra vez, no meio de uma discussão entre ela e outra mulher, esta chamou-lhe canhão e puta:
Ela logo respondeu; "Se eu sou puta, tu és puta, reputa e contraputa!" E ficou encerrada a questão...
Quando lhe perguntaram qual a coisa que mais gostava de ter, ela logo respondeu:
"Eu gostava de ter mil "coisas", em vez de uma, para despachar mil homens ao mesmo tempo!"
E se pensam que isso é brejeirice de mau gosto, desiludam-se porque a tia MICAS tinha o condão de fazer rir. Era espontânea, e difícil é presumir que Bujões venha um dia a ter nas suas gentes uma mulher tão estimada como esta enfermeira dos pobres, esta mulher sempre pronta para ocorrer a qualquer desgraça (se houvesse um incêndio, o primeiro caneco de água era o seu). Enfim, todos gostavam dela, mesmo quando se exaltava e batia com as mãos nas ancas em sinal de desafio, ou quando um copito a mais lhe aumentava a graça. No carnaval, dizem os mais velhos, era um desassossego e todo o povo ria e exultava com as partidas da tia Micas e do tio Manuel da Rosa, outro danado para a brincadeira. 
Mas verdadeiramente notável era a sua atitude quando alguém morria. Mal a sineta tocava ou a notícia era conhecida, ela logo se apresentava para lavar o corpo, e fazer a barba quando se tratava de um homem. Vestia e arranjava homens, mulheres e crianças, colocando a pessoa bonita para que se apresentasse o melhor possível perante Deus.
Ela ia buscar o caixão a Abaças, ou quando deixaram de ali os fazer, ela caminhava até à Régua e descalça ou mal calçada, aí vinha ele, o indesejado, carregado à cabeça da tia Micas. Ninguém desceu à tumba sem a dignidade merecida.
Se fosse criança, ela fazia questão de levar o caixão, carregando-o por aqueles caminhos mal arranjados,  até Abaças, sentindo que  o anjinho que ia dentro, ao chegar ao Céu, não deixaria de interceder por quem o levara para o cemitério.
E até brincava com coisas sérias, como uma vez em que, na Estrada, se meteu dentro do caixão e o tio Manuel da Rosa chamou o dono da casa para ver que estava lá dentro a mulher. E o homem  ia morrendo de susto! Depois foi uma risada!
Ninguém, ninguém mesmo, se esquece desta mulher providencial que agora vamos recordar noutra das suas muitas facetas- a de benzedeira de doenças variadas, como o coxo, a falta de ar, o ventre caído, etc...
 
Oiçam-na a cortar o coxo;
 
Eu te corto bicho coxo
Eu te corto bicho mau
Pés, mãos, orelhas, tripas, coração,
Tudo, tudo, quanto tens
Para que mais não floresças
Para que daqui desapareças
Em louvor da Virgem Maria
Um Padre-Nosso e uma Avé Maria.
 
Ou então este outro:
 
Coxo coxão eu te corto com a faca do pão,
Coxo de sapo, coxo de sapão,
Coxo de cobra, coxo de cobrão,
Coxo de lagarto, coxo de lagartão,
Coxo de aranha, coxo de aranhão,
Coxo de rã, como de rão,
Coxo de ladra, coxo de ladrão,
Coxo de toda a nação,
Em louvor de Deus e da Virgem Maria,
Um Pai-Nosso e uma Avé Maria.
 
 
Ou  a cortar o ar
 
Deus te fez, Deus te criou
Deus te tire este ar que no teu corpo entrou
Ar de mau-olhado ou alguém to deitou
Ar de defunto
Ar de cão
Ar de cadela
Ar de pita choca
Ar de todos os ares
Vai-te embora, ar excomungado
Deste corpo são e salvo
Em louvor de Virgem Maria,
Um Pai Nosso e uma Avé Maria
 
Ou do ventre caído...
 
Em nome de Deus seja,
Se tens o ventrinho caído ou aleijado,
Ele seja junto, juntado,
Por poder de Deus e Nossa Senhora,
Que foi Virgem no parto e
Depois do parto sempre ficou virgem
E mãe de Deus Pai todo poderoso
Em louvor da Santíssima Trindade
Pai, Filho e Espirito Santo. Amén


 
UMA COMPANHEIRA IDEAL
Quando chegou do Brasil, vários anos depois de para ali ter embarcado em princípios de 1927,  o tio Ilídio Botelho já era conhecedor de que a mulher com quem casara, julgando-o morto no grande sertão brasileiro, vivia com outro homem. Essa circunstância, não era assim tão invulgar naquela época, na qual decorriam anos sem troca de notícias entre as pessoas, a maioria das quais não sabiam ler nem escrever, e porque também não existia a rapidez nem os serviços de correios eficientes que hoje existem, além de que muitos não queriam voltar para evitarem a vergonha de ainda chegarem mais pobres do que quando partiram.
Então, aquele bujoense tão característico e alegre que era o tio Ilídio, não se fez rogado e juntou-se com a tia Micas, e melhor companhia não podia ter arranjado. E foram muitos os anos que viveram juntos e ambos tinham essa característica de fazerem rir e de espalharem alegria.
E veja-se, agora, um quadro bem diferente que alguém poderia observar e relatar se fosse ao bairro, e entrasse na casa pequenina e pobre onde o tio Ilídio se debatia com a morte:
Deitado na enxerga, corpo coberto de feridas, definhando em luta penosa contra a morte, o tio Ilídio sentia as mãos da sua enfermeira carinhosa, a Micas, como o único e reconfortante bálsamo naqueles momentos últimos em que já só lhe restava o desprendimento da vida. Mesmo assim, reconfortado pela presença de uma visita, olhos fixos, arregalados, largando uma lágrima, ainda teve forças para esboçar um sorriso aberto  ao ouvir as palavras de ânimo da sua companheira que lhe lembrava com veemência para se deixar de lamúrias e que arrebitasse pois tinham muito que fazer durante a noite...
Como era grande o contraste com aquela outra ocasião em que alguém colocou nos ombros um pulverizador que o tio Manuel Cigarro  ensinara a usar, ali mesmo, com água, no largo do Seixo, e  parte da carga  foi atirada contra o postigo da casa da tia Micas. Nunca se ouviram tantos alhos e bugalhos soltos ao mesmo tempo, mas tudo não passou de uma saraivada de carvalhos, porque a tia Micas era assim mesmo, explosiva, mas um ser profundamente humano, como o foi com tanta gente e em tantas ocasiões e em especial naqueles momentos tristes em  que o seu Ilídio, doente, definhou, até partir para o Além, em 3 de Março de 1969, com 67 anos de idade.


 
É assim, desta forma alegre e divertida, disfarçado de barbas e com o garrafão na mão que o tio Ilídio quer ser recordado, como o avô da peça de teatro que Bujões levou à cena. Quem imaginaria, então, que um dia seria eu, que estou na foto por detrás dele, a lembrá-lo para sempre. Um bujoense de primeira, este tio Ilídio, com barbas postiças ou sem elas!



UMA FAMÍLIA QUE CRESCE
Deixemos as coisas tristes e voltemos a recordar a tia MICAS, que era mãe da IRENE DE JESUS PIRES, nascida em 11 de Junho de 1936, que viria a casar com o Joaquim Timpeira dos Santos, conhecido por Joaquim "Pinheiral".
E foi com a filha Irene e com os filhos desta e do tio Joaquim, que a tia MICAS, orgulhosa dos seus descendentes, netos, netas e primeiro bisneto, aparece na única foto que conseguimos dela.

A tia Micas ao lado da filha Irene e de quase toda a família, pois só faltavam dois netos, o António e a Cidália.


  
A CHEGADA AO ALTO DA MONTANHA
Um dia, como acontece a todos, a tia MICAS terminou a sua passagem por este mundo e surgiu radiante e bem disposta à porta do outro. Chegara, por assim dizer, ao alto da montanha, decorria o dia 13 de Setembro de 1987, uma 5ª feira.
Para trás deixava uma povoação consternada  e muita saudade, levando com ela as mãos que primeiro acariciaram muitos dos que a acompanharam ao cemitério. Ela viverá para sempre na lembrança e coração dos bujoenses. Segundo me referiu o bujoense de mais idade atualmente, o Sr. Manuel Correia Botelho, ele assistiu ao funeral e ficou impressionado com o pesar  e tristeza de toda a povoação pela perda desta conterrânea. Ele foi assistido no nascimento pela tia Maria da Fonte, outros por outras "enfermeiras" que Bujões sempre teve, mas a tia Micas deixou mesmo um sentimento de saudade difícil de igualar e merecia ser premiada por Deus.
Porém, como sucede a todos que deixam este mundo, quando chegou lá em cima, a tia Micas foi recebida no Centro de Pesagem do Bem e do Mal, onde estava S. Pedro e o diabo para assistirem à conferência.
Veja-se, agora o diálogo travado com São Pedro:
- " Micas, vamos lá verificar o que diz a balança. Tu fizeste muito bem, mas também tens uns pecaditos e está ali o diabo para conferir se o peso está a favor dele ou de mim."
Diz a tia Micas - "Oh caralho, então o diabo é aquele filho da puta que está ali?"
"- Cala-te, mulher, se não o peso do mal ainda é maior! "
"- Quero lá saber, eu até lhe arranco os tomates se for preciso! Ele tem os cornos retorcidos  maiores do que eu pensava!"
"- Cala-te, mulher, que ainda vais parar ao inferno!"
"- Oh meu querido S. Pedro, se eu for parar ao inferno pode ter a certeza que meto um pau em brasa pelo cu acima daquela cornudo!"
Felizmente que a pesagem do  Bem foi muito maior do que o Mal e a tia MICAS lá entrou no paraíso, mas mesmo assim ainda meteu a língua de fora para o diabo e bateu com as mãos na anca, chamando-lhe outra vez cornudo!
Era assim a nossa MICAS, uma mulher dos diabos, que nenhum medo lhe metiam! E lá vive junto do seu Ilídio e de muitos outros bujoenses e estão sempre na galhofa, rindo-se das malandrices ali permitidas, sem abusos.

Nota final:
Há dias a tia MICAS  disse ao seu Anjo da Guarda que queria receber uma foto da sua família para ter com ela na sua mesinha de cabeceira. Vejam bem o que lhe foi enviado por correio eletrónico para micas@céu.carvalhadaseporras. paraíso.com 
Irene de Jesus Pires, filha da tia Micas e o marido
Joaquim Timpeira dos Santos (Joaquim Pinheiral).
 
Ilidio, filho de Irene e Joaquim, neto da tia Micas.
 
Maria, esposa do Ilídio e o neto Tomás, este bisneto da
tia Micas
 
 
Cidália, filha de Irene e Joaquim, neta da tia Micas.
 
 
 
Maria do Rosário, filha de Irene e Joaquim, neta da tia Micas,
com o marido António José.


 
Palmira, filha de Irene e Joaquim, neta da tia Micas,
 com o marido David.
 
António, filho de Irene e Joaquim, neto da tia Micas.
 
Manuel Fernando, filho de Irene e Joaquim, neto da tia Micas,
 com a esposa Rosa e seus filhos Irene e Vicente, estes bisnetos da tia Micas
 
Amândio, filho do Ilidio, bisneto da tia Micas, com a esposa Marina.
 
Tânia, filha do Ilidio, bisneta da tia Micas, com o marido Carlos
e os filhos Leandro (em pé)  e Tomás, ao colo da mãe, estes trinetos da tia Micas!
 
Liliana, filha da Cidália, bisneta da tia Micas.
 
Sandra e Débora, filhas da Cidália, bisnetas da tia Micas.
 
Pedro, filho da Cidália, bisneto da tia Micas.
 
Nicola, filho do António, bisneto da tia Micas
 
 
Hugo, filho da Maria do Rosário, bisneto da tia Micas.
 
 
Laura, filha da Maria do Rosário, bisneta da tia Micas.
 
Carolina, filha da Palmira, bisneta da tia Micas.
 
Joana, filha da Palmira, bisneta da tia Micas.
 
 
Débora, filha do Amândio, neta do Ilidio, trineta da tia Micas.
 

 
Ana Catarina, filha da Sandra, neta da Cidália, trineta da tia Micas.
 
 
Ana Rita, filha de Sandra, neta da Cidália, trineta da tia Micas,
irmã gémea da Ana Catarina.
 
 


continua... dentro de pouco tempo...


 
 

Algum bujoense tem dúvidas que a tia MICAS está feliz da vida com esta família tão grande e bonita e que tanta saudade tem dela? E vai crescer muito mais, não se admirem, porque a tia MICAS já tem tanta influência no Céu que já teve autorização para, de vez em quando, mandar umas carvalhadas! Porra, então quando se cruza com o Padre Monteiro, este só lhe apetece fugir para junto dos de Abaças!... E hoje, dia de Carnaval, é o melhor dia para abrirmos esta página dedicada à memória desta querida bujoense!

 Última hora: Mensagem recebida hoje da tia Micas

24  de Fevereiro
micas@céu.carvalhadaseporras. paraíso.com para  jvpaula@netcabo.pt
Obrigado Zé da tia Alberta por te lembrares de mim. Esses filhos da.... de Bujões, que tirei da barriga (para não dizer outra coisa) das mães, e a quem lavei e limpei o rabo (aqui é proibido dizer cu) porque todos se borravam quando me viam, e tantas vezes que os benzi contra as maleitas, nem um comentário fizeram a agradecer o que eu fiz por eles. Foi preciso ser um de Covelinhas, que não passou pelas minhas mãos, para eu ficar lembrada. Gostei muito Zé, e já disse à tua mãe, que bem quer vender qualquer coisa aqui, mas  não deixam. O teu pai já vê como nós e anda sempre em serenatas com os santos e o meu Ilídio lá vai no meio com a pandeireta, sempre na ramboia. Porra! Rica vida que a gente leva agora... até tenho dentes novos. Esses carvalhos de Bujões quando aqui chegarem vou pegar neles e metê-los numa excursão ao Inferno para virem de lá com os tomates bem torradinhos, como já fiz ao Padre Monteiro, e as mulheres vão passar dias e noites a rezar com a Nossa Senhora das Dores para se lembrarem de quem lhas tirava. Mas não tinham vergonha nenhuma porque logo que podiam lá estavam a fazer filhos atrás uns dos outros. É porque não lhes doía assim tanto... ou julgavam que o pirilau era uma garrafa de tinto...
Eu só tenho saudade é daquelas discussões na Fonte em que era de puta para cima... fogo... vou acabar porque vem ali o santo que põe cadeados na boca... e eu já disse tantas que ele ainda me fo.. 


Resposta de jvpaula@netcabo.pt para micas@ceu.carvalhadaseporras.paraiso.

Oi tia Micas! Caraças, gostei muito da sua mensagem. Em Bujões toda a gente gosta de si e então a sua família que anda espalhada por todo o lado, adora-a. Até eu, e outros rapazes que  ao sairmos da escola ouvimos chamar-nos " oh côrnos, ide brincar para a puta que vos pariu" temos uma grande admiração por si. Realmente, deviam colocar mais mensagens a elogiá-la, mas a gente mais nova não a conheceu bem e os velhos não têm computador e agora as mulheres vão ter os filhos ao hospital ou às maternidades. O que interessa é que a tia Micas vive no coração de todos. Dê um grande abraço aos meus pais e vá arranjando fotos antigas para quando aí chegar  metermos no blogue Bujões- Memórias do Céu ou então no Bujões- Memórias do Inferno, se eu for lá parar... 

 
Bujões - Memórias e Personagens
12 de Fevereiro de 2012








 

10 comentários:

  1. Parabéns às gentes de Bujões por lembrarem esta mulher simples do povo. Eu não sou dessa aldeia mas como vou lá caçar costumo ler o que se escreve neste blog e gostei muito de saber que uma mulher analfabeta sabia mais que muitos que estudam. E ainda gostei mais de saber que ela tem uma familia com tanta gente que não a esquece. Parabens Bujões.
    José Santos- V.N.Famalicão

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  2. Gostei muito de ler esta história da mulher que me assistiu no parto. FOGO!

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  3. C'um carago...adorei conhecer esta mulher dos diabos!
    Exemplo de que o saber não se aprende só nos livros e nos bancos da escola.
    Ti Micas não tenha medo do Santo e continue a chamar os bois pelos nomes e já agora se encontrar o pai Zé Figueiredo por aí dê-lhe um carinho por mim.
    Isabel Figueiredo

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  4. sem palavras ao ler o que esta mulher a feito na sua vida Hoje em dia nao sei se havera gente como ela Parabens pela homenagem Continue a nos dar algo sobre gentes de Bujoes obrigado

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  5. EU sou a lucia a filha da tia palmira e do tio ze de bujoes queria agadeser por ter posto as fotos dos meus paes na enternete eu gostei muito um bem haja Os meus paes foram os melhores paes do mundo eu pesso que eles descansem em paz e que Cuando eu la chegar que eles me agarem nos ceus brasos mais uma vez obriga lucia em franca

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  6. Bujões-Memórias e Personagens20 de março de 2013 às 03:04

    Lúcia, você pode crer que quer seu pai, quer sua mãe, a levaram no coração, como a todos os filhos e filhas, e que um dia, quando chegar a sua e a nossa hora de partirmos, eles estarão de braços abertos com toda aquela gente do Quinteiro, bons vizinhos que eram, entre os quais meu pai e minha mãe, para nos apertaram num longo abraço e agradecer por nunca os termos esquecido, porque de facto eles eram os melhores pais do mundo. Como lutaram e se sacrificaram como ninguém pelos seus amados filhos, então é meu dever e dever de todos os bujoenses não deixar esquecida essa memória de tais pessoas que marcaram as nossas vidas para sempre.
    Nada tem por isso que agradecer, mas sim eu é que estou grato por aos poucos ir lembrando todos aqueles que fazem parte daquele pequeno mundo de Bujões que vivemos em meninos e que nunca esqueceremos. Obrigado J.V.Paula

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  7. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  8. Olá boa noite, chamo-me Sandra Artemisa e sou bisneta da tia Micas para vós mas, para mim a sempre eterna avó Micas.. Obrigada do fundo do coração por esta linda homenagem que lhe fizeram... Já agora, aproveito para informar que a minha prole já cresceu... Tenho um filhote chamado Tomás que veio fazer companhia às manas Ana Catarina e Ana Sofia. Um beijinho e um bem aja a todos os Bujoenses

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  9. Olá Sandra Artemisa. A querida tia Micas agradece o comentário e se quiser colocar aqui fotos da familia, incluindo a do Tomás, digitalize e mande para o meu email jvpaulo1@gmail.com e eu acrescentarei nesta página. Parabéns pelo novo herdeiro e felicidades.

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